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Quinta - 17 de Novembro de 2022 às 08:37

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A deputada estadual Janaina Riva
A deputada estadual Janaina Riva

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) declarou ser “maléfico” para a Assembleia Legislativa a falta de renovação da presidência da Mesa Diretora. A parlamentar chegou a colocar o nome à disposição para disputar a presidência ou a Primeira Secretaria na direção do legislativo, mas recuou por reconhecer não ter chances contra o atual presidente, Eduardo Botelho (União), e o primeiro secretário, Max Russi (PSD).

“Muitas pessoas me questionaram se desistir da disputa é algo certo. É inglorioso. Não dá para entrar numa disputa que eu sei que é praticamente impossível vencer”, acrescentou.

Botelho e Max já estão há três mandatos na direção da Casa, enquanto Janaina tem ocupado a vice-presidência, mesmo sendo a deputada mais votada em Mato Grosso há duas eleições.

“Eles sabem da minha opinião. Eu acho muito ruim a não renovação da Mesa. Enquanto o Botelho e Max puderem ser candidatos, eles vão ser presidente e primeiro secretário. Qualquer outro candidato não consegue concorrer em condição de igualmente com os dois. E isso é muito maléfico para a Casa”, disse.

Janaina negou que a dificuldade em disputar um dos cargos de direçã o seja por preconceito pelo fato de ser mulher. Para ela, qualquer outro deputado também teria a mesma dificuldade contra os dois.

Ela ainda acrescentou que pretende trabalhar para mudar a perpetuação do poder na Mesa Diretora. "A gente tem que fazer a diferença para o futuro. Não dá para toda vez ficar nessa.”

Janaina lembrou que a Assembleia Legislativa aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) vedando a recondução para qualquer cargo da Mesa Diretora na eleição subsequente, do presidente e primeiro secretário, dentro da mesma legislatura.

Pela PEC, Botelho pode disputar o cargo, já que em 2023 será aberta uma nova legislatura. O atual presidente, entretanto, vive outro impasse e ainda não sabe se vai poder disputar a presidência da AL.

Em fevereiro de 2021, uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afastou Botelho do cargo, quando ele foi reconduzido ao cargo de presidente pelo terceiro mandato consecutivo - duas vezes na mesma legislatura.

Por fim, o ministro deu uma liminar revogando a decisão e Botelho retornou ao cargo em fevereiro deste ano. Mas o mérito da ação ainda está pendente de julgamento no STF.

Botelho, inclusive, já marcou uma reunião no STF para tratar do assunto nas próximas semanas.





Fonte: ReporterMT

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