União ainda é uma sigla de ‘mentira’, diz Júlio Campos

Ex-governador e deputado estadual eleito, Júlio Campos (União) cobrou a consolidação dos diretórios municipais e estadual do União Brasil em Mato Grosso. Segundo ele, a sigla ainda é uma ‘mentira’ e ficará sem gestão a partir de dezembro.

‘Ainda não consolidamos o União Brasil. É uma mentira em termos de partido político porque até agora não tem diretório municipal e estadual em lugar nenhum do Brasil. É uma Comissão Provisória que termina o mandato agora em dezembro’, disse Campos.

Segundo ele, tal desorganização poderá prejudicar a sigla nas eleições municipais em 2024, já que, além da organização das direções municipais, o partido precisará buscar novas lideranças.

‘Será um trabalho difícil, porque é longo e demorado. Precisamos até março ou abril do ano que vem ter essas direções consolidadas. Porque temos vários partidos aliados, teremos que negociar, e tem o assédio de outras legendas. Então, temos que formar um partido de verdade’, analisou.

Júlio também voltou a cobrar mais proatividade do deputado federal eleito, Fábio Garcia, que é o atual presidente da legenda no Estado.

‘Ele precisa cuidar mais do partido. Estou disposto a ajudá-lo. O próprio governador Mauro Mendes (União) também pode ajudar, trazer novas lideranças. Mas precisamos agir e não esperar chegar no ano da eleição e ver isso’. Essa não é a primeira vez que Júlio Campos cobra Garcia sobre a organização partidária.

Desde que Garcia ingressou no antigo DEM, assumindo o partido, Campos tem criticado a forma de condução da legenda. Após a fusão com o PSL e a formação do União Brasil no início deste ano, Júlio também cobrou com outras lideranças que Fábio Garcia atuasse mais partidariamente antes das eleições.

Sobre uma possível fusão entre o União Brasil e o PP, Júlio Campos diz ser contra, além de dizer que não seria permitido realizar uma segunda fusão em menos de um ano. ‘Sou contra e acho que nem pode. Hoje o União Brasil é um aglomerado de correntes. Precisamos consolidar para sermos um partido de verdade’, conclui.