Em troca de apoio à reeleição, partidos querem cargos em MT Líderes do MDB, PSB e Republicanos aguardam o chefe do Executivo voltar ao Estado para debater o assunto

Passado o segundo turno das eleições presidenciais, as agremiações em Mato Grosso que apoiaram a reeleição do governador Mauro Mendes (União) pleiteiam espaço na administração estadual, a partir do próximo ano.

Líderes do MDB, PSB e Republicanos aguardam o chefe do Executivo Estadual voltar ao Estado para debater o assunto.

Nauro Mendes estava em Sharm El Sheik, no Egito, onde participou da COP27, e chegou nesta terça-feira (22) a Mato Grosso

As agremiações buscam espaço, especialmente, no primeiro escalão estadual, uma vez que, dentre as três legendas, apenas o MDB possui cargo no atual staff de Mauro Mendes.

A sigla participa do atual Governo desde o início da gestão, com indicação do comando da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar.

Inicialmente, quem respondia pela pasta era Silvano Amaral (MDB).

Ele, contudo, se desincompatibilizou do cargo para participar do pleito deste ano como candidato a deputado estadual.

Em seu lugar, assumiu Teté Bezerra, mantendo assim a secretaria sobre o comando do partido.

A tendência é que a indicação da pasta continue sendo do MDB.

No entanto, o comando deverá ser rediscutido, uma vez que o deputado federal Carlos Bezerra, marido de Teté e presidente do MDB em Mato Grosso, não conseguir garantir a sua permanência na Câmara Federal na próxima legislatura.

O Republicanos, por sua vez, briga por reconhecimento, uma vez que tem o vice-governador Otaviano Pivetta.

A intenção do partido é acomodar lideranças que foram derrotadas nas urnas no pleito deste ano, e outras que têm grande representatividade no Estado.

Entre eles, Dr. Leonardo, Felipe Wellaton, Adriano Pivetta e Adilton Sachetti.

Acontece que a sigla já participa indiretamente da administração estadual, tendo em vista que a indicação dos secretários de Educação e Infraestrutura são de Pivetta.

Isso deve dificultar o pleito da agremiação.

Por outro lado, o PSB deverá ingressar no primeiro escalão estadual sem qualquer dificuldade.

Isso porque abriu mão de uma candidatura majoritária ao Senado Federal, para permanecer na base aliada de Mendes, no pleito deste ano.