Botelho cita resistência de deputados a Max, mas crê em diálogo Botelho tenta viabilizar nome de colega "para evitar uma guerra"; eleição ocorre em fevereiro
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), afirmou que parte dos deputados que integra seu grupo têm resistência a um eventual apoio ao deputado Max Russi (PSB) como próximo presidente da casa.
Botelho declinou de tentar se manter na função após sua assessoria jurídica informá-lo de que está impedido por conta de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).Com isso, ele passaria o bastão para Max e se lançaria à primeira-secretaria (ordenador de despesas).
Ocorre que, segundo Botelho, parte do grupo – composto por 14 deputados, maioria da Assembleia – cita a aproximação de Max com o governador reeleito Mauro Mendes (União) como um dos pontos contrários. Mesmo grande parte fazendo sendo da base de Mendes, temem uma eventual subserviência ao Palácio Paiaguás.
“Há algumas resistências, mas temos que quebrar essas resistências com conversa e diálogo para ver se conseguimos colocar o nome do Max na chapa. Alguns deputados têm resistência em relação a subserviência que ele demonstra, mas resolveremos com diálogo”, disse Botelho.
A declaração foi feita na noite de terça-feira (22), após Botelho e cerca de 13 deputados se reunirem na casa da deputada Janaina Riva (MDB). Na ocasião, Botelho comunicou aos colegas que não poderia disputar novamente o comando da casa.
O atual presidente garantiu que irá trabalhar o nome de Max junto aos colegas, para "evitar uma guerra".
Questionado sobre a preferência de Mendes na disputa, Botelho disse não saber, mas que o correligionário demonstra preferência pelo socialista.
“Acho que o favorito dele é o Max, pelo que ele demostrou até hoje. Eu não sei [o por quê]. Mas ele sempre demostrou a preferência por Max”, disse.
A eleição da Mesa Diretora ocorre no próximo dia 1º de fevereiro, quando assume a nova legislatura. Por tradição, a composição da mesa é feita nos bastidores e os nomes apresentados para serem cacifados pelos deputados.
O novo comando fica a frente do Legislativo por dois anos, e administrará um orçamento estimado em R$ 675 milhões.
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