Em alta, dengue faz cidades intensificarem combate ao vetor em MT Estado tem aumento de 101,9% da doença; Cuiabá e Várzea Grande intensificam prevenção ao mosquito Aedes aegypti
O período do ano com maior transmissão da dengue, zika vírus e chikungunya, ocorre nos meses mais chuvosos e Mato Grosso já registra aumento de casos das três doenças.
Somente as notificações de dengue saltaram de 15.423, em 2021, para 31.145 casos, até o momento, em 2022, o que representa um incremento 101,9%.
A doença também levou a óbito 17 pessoas neste ano no Estado. Em 2021, foram 10 mortes.
Já a zika subiu de 156 registros no ano passado para 176 (12,8%) no mesmo período de 2022 e, a chikungunya, de 168 em 2021 para 233 casos (38,7%), neste ano corrente em nível estadual.
Preocupados com o cenário, alguns gestores municipais intensificaram as medidas de prevenção e orientação à população para combate ao mosquito Aedes aegypti, que causa as três patologias.
Em Cuiabá, mais de mil estudantes e funcionários da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) receberam orientações sobre a proliferação e cuidados contra o Aedes, na quarta-feira (23).
Lá, 35 agentes de combate de endemias (ACE) percorreram o campus universitário realizando visitas internas e externas nos blocos, arredores das quadras e uma mesa expositora sobre o assunto integraram a ação.
Coordenador técnico da Unidade de Vigilância em Zoonoses, José Antônio Noleto, diz que a conscientização é a melhor ferramenta contra a dengue, zika e chikungunya.
“A tarefa de combater o mosquito Aedes aegypti é uma tarefa séria e simples que deve ser executada durante o ano inteiro, não apenas no período chuvoso. É uma responsabilidade de todos, não apenas dos órgãos públicos”, afirma.
Na cidade, dados epidemiológicos da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) apontam o registro de 697 casos neste ano contra 615 no ano passado, alta de 13,3%.
Em Várzea Grande, as autoridades públicas também estão em alerta quanto à detecção precoce e ao acesso a cuidados médicos, reduzem as taxas de mortalidade.
Na cidade, conforme dados da Ses-MT, já são 205 notificações neste ano contra 228 registros (-10,1%) em 2021.
“Chegamos no período das chuvas, que é o mais crítico para a proliferação do mosquito e acometimento das doenças nas pessoas, após serem picados pelo mosquito. A proteção contra picadas de mosquito é necessária principalmente ao longo do dia, pois o Aedes aegypti pica principalmente nesse período diurno. A saúde pública faz a sua parte e para combater o mosquito da dengue, necessita também da colaboração de todos os moradores da cidade”, alertou o secretário municipal de Saúde, Gonçalo de Barros.
Outra alerta importante é sobre os sintomas.
“Se você sentiu febre alta que começa de maneira abrupta, dores no corpo, dor de cabeça e surgimento de manchas vermelhas no corpo, são características destas doenças tropicais. A recomendação é procurar o posto de saúde mais próximo de sua casa, e iniciar os cuidados e tratamento”, alertou a superintendente de Vigilância em Saúde, Relva Cristina de Moura.
No Estado, 92 dos 141 municípios apresentam risco alto de transmissão para a dengue, conforme boletim Ses-MT.
Entre as cidades com alto risco, estão Tangará da Serra, Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sinop.
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