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Segunda - 23 de Julho de 2012 às 15:47
Por: JULIAN LINDEN

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James Magnusson tem sorte de ter sido abençoado com ombros largos e uma extensão de braços gigantesca como as asas de um pássaro. Isso não somente o habilita a percorrer a água como um golfinho, mas também o ajuda a carregar o fardo das esperanças da Austrália na Olimpíada.

 

 

Atual campeão mundial dos 100 m livre, o australiano, que tem 1m95, é o favorito ao ouro em Londres, mas a pressão sobre ele é esmagadora.

 

A prova de 100m livre é a menina dos olhos da natação, mas pode ser decidida por um fio de cabelo.

 

O último australiano a conquistar o ouro olímpico na prova foi Mike Wenden, na Cidade do México, em 1968. Para um país cercado de água e com uma longa e orgulhosa tradição no nado olímpico, a espera tem sido incomensurável.

 

Magnusson está ciente das enormes expectativas para que vença, mas se sente à vontade sob os holofotes e confiante de suas perspectivas.

 

"Quando fico num estado mental positivo, as coisas tendem a se encaixar para mim", disse ele em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

 

"Quando estou assim, consigo ignorar as coisas ao meu redor, só me divertir e fazer meu trabalho. Quero continuar assim."

 

Para aumentar a pressão, o nadador de 21 anos de Port Macquarie é também a peça-chave no revezamento 4x100 m livre, na qual também é favorito ao ouro.

 

Tradicionalmente, as equipes poupam seus nadadores mais rápidos para a etapa final, mas a sabedoria convencional é enviá-los primeiro para obter uma dianteira e dar aos seguintes um caminho livre de ondas.

 

Para Magnusson, isso vai significar disputar ao lado de Michael Phelps, que irá liderar a equipe norte-americana.

 

"Acho que nossa equipe saiu do campeonato mundial como a favorita, mas não há garantias", disse Magnusson.

 

"Mas vamos ter uma briga e tanto para sairmos com a medalha de ouro. Estamos cientes da habilidade dos norte-americanos de sair em último e virar o jogo."

 

A Austrália conquistou pelo menos cinco ouros na natação em cada uma das últimas três Olimpíadas e deve figurar no quadro de medalhas, mas as expectativas pelo ouro são menores desta vez.

 

"No tocante a medalhas, podemos conseguir entre 13 e 15, mas não sei especificar quais medalhas seriam", disse o técnico Leigh Nugent. "É uma situação em constante mudança, vamos ver como evolui."





Fonte: Reuters

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