Em 2021, 20,6% da população estavam na pobreza em Mato Grosso No Estado, dados do IBGE revelam que o número de pessoas em situação de pobreza cresceu 3,4% entre 2020 e 2021
Pelos critérios do Banco Mundial, 20,6% dos 3,5 milhões de habitantes estavam na pobreza no ano passado, em Mato Grosso.
O percentual corresponde a 721 mil pessoas, sendo que do total registrado, 105 mil ou 3% viviam na extrema pobreza.
É o que revela a “Síntese de Indicadores Sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira 2022”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira (1º).
No país, são cerca de 62,5 milhões de brasileiros ou 29,4% da população vivendo na pobreza.
Trata-se do maior índice desde o início da série, em 2012, segundo o IBGE.
O Banco Mundial adota como linha de pobreza os rendimentos per capita US$ 5,50 PPC (paridade do poder de compra), equivalentes a R$ 486 mensais per capita. Já a linha de extrema pobreza é de US$ 1,90 PPC ou R$ 168 mensais per capita.
Ainda no Estado, o levantamento mostra que o número de indivíduos tendo que viver com cerca de R$ 480 mensais subiu 3,4% no ano passado, uma vez que, em 2020, esse percentual era de 17,2%.
Já entre os indivíduos com rendimento domiciliar per capita abaixo de US$ 1,90 PPC houve uma pequena redução (-0,2%) no mesmo período.
Em nível nacional, a proporção de pretos e pardos abaixo da linha de pobreza (37,7%) é praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%) e o percentual de jovens de 15 a 29 anos pobres (33,2%) é o triplo dos idosos (10,4%).
Também cerca de 62,8% das pessoas que vivem em domicílios chefiados por mulheres sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos estavam abaixo da linha de pobreza.
Já a proporção de crianças menores de 14 anos de idade abaixo da linha de pobreza chegou a 46,2%, o maior percentual da série, iniciada em 2012.
Esta proporção tinha caído ao seu menor nível (38,6%) em 2020, mas teve alta recorde.
GINI - De acordo com o IBGE, a desigualdade social voltou a crescer no país.
Em 2021, o Índice de Gini aumentou e atingiu o patamar de 2019, o segundo maior da série, indo a 0,544 - o maior foi em 2018 (0,545).
No entanto, existem diferentes níveis de desigualdade econômica.
Conforme o IBGE, enquanto o índice era de 0,424 em Santa Catarina, em Roraima atingiu 0,596, uma diferença de 40,6%.
Ao lado de Santa Catarina com os menores índices, estavam Rondônia (0,459), Mato Grosso (0,461), Goiás (0,467) e Rio Grande do Sul (0,468).
Rio Grande do Norte, Pernambuco e Sergipe, estados da região nordeste, também estavam dentre as com maiores desigualdades, assim como Distrito Federal e Rio de Janeiro.
O levantamento traz ainda o percentual de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados no ano passado.
No Estado, esse percentual era de 21,4%, o sexto menor do país (25,8%).
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