PSD agiliza filiações para "amarrar" suplentes de Carlos Fávaro 1ª suplente atuou em favor de Bolsonaro, nas eleições em MT. Senador é cotado para ser ministro
O ex-secretário da Casa Civil, José Lacerda, e a suplente de senador, Margareth Buzetti, estão de malas prontas para migrarem para o Partido Social Democrático (PSD).
Lacerda e Buzetti deverão deixar o MDB e PP, respectivamente, ainda neste ano.
A troca de legendas se dá por dois fatores.
O primeiro é a possível indicação do senador Carlos Fávaro (PSD) para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir de janeiro do próximo ano.
A migração das lideranças para o PSD seria uma forma de “amarrar” a postura de Margateh Buzetti, que, durante a campanha eleitoral deste ano, foi contra os direcionamentos de seu partido.
Além disso, o ingresso de Lacerda e Buzetti no PSD visa a reforçar a bancada do partido no Congresso Nacional.
Articulação está sendo feita em Brasília pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
Isso porque, para se manter na base do Governo eleito, o partido precisa manter sua bancada na Câmara dos Deputados e no Senado, para que o Governo Federal tenha maioria para votar as pautas de interesse da administração, como a PEC da Transição.
Atualmente, o PSD é a segunda maior bancada do Senado, depois do Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro.
AGRO E LULA - Responsável por ao menos um quarto do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, o agronegócio tem sido um dos setores mais cobiçados dentro da transição do Gverno eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aponta reportagem do portal UOL.
O que deve acontecer:
- O ministério deve ser desmembrado em três pastas com a criação da Pesca e do Desenvolvimento Agrário
- A parte principal, a Agricultura, está na mira de diversos nomes de partidos que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que não fizeram parte da aliança petista
- Na lista, estão parlamentares de PSD, PP, MDB e Cidadania.
Além de acomodar acordos e alianças, a composição da Esplanada de Lula deverá servir também para garantir sua base no Congresso.
Sendo assim, a quantidade de votos que o ministro entregará ao futuro governo no Parlamento será crucial para sua escolha.
O nome do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) ganhou tração nas últimas semanas.
Em entrevista ao UOL Notícias, na semana passada, ele disse que a Agricultura estará do mesmo lado que o Meio Ambiente e que a resistência do agronegócio ao presidente eleito está cada vez menor.
O PSD negocia dois ministérios na gestão Lula, e o nome do parlamentar esbarra nessas negociações.
Acostumada a escolher o comando da Agricultura, a FPA (Frente Parlamentar do Agronegócio), conhecida como bancada ruralista, também tenta emplacar o nomeado.
Um dos cogitados é o atual presidente da frente, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR).
Nos bastidores da transição, no entanto, as chances de Souza são poucas.
Há ainda o nome do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que foi secretário de Agricultura do Governo de São Paulo durante a gestão de Geraldo Alckmin (PSB).
Tem trânsito no agronegócio, na FPA e também no centrão.
A resistência da bancada do Cidadania em fazer parte da base do governo Lula no Congresso, no entanto, esvaziou as chances de Jardim assumir a pasta.
Com informações do UOL
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