Jayme quer "freio" ao TSE e pede liberação de contas bloqueadas O senador teme que os empresários tenham que fechar as portas; Moraes pediu o bloqueio de 43 empresas
O senador Jayme Campos (União) pediu que o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes reveja os bloqueios nas contas de empresários acusados de financiarem atos pró-Bolsonaro em Brasília. Ele ainda sugeriu que o Congresso coloque um "freio de arrumação" em relação às decisões da Corte.
Nos primeiros dias após o pleito que deu a vitória a Lula (PT), grupos bolsonaristas realizaram bloqueios em rodovias pelo país. Eles também organizam manifestações em frente a quartéis.
Segundo Jayme, o bloqueio nas contas dos 43 empresários prejudica a economia, já que eles são responsáveis por gerarem, aproximadamente, 60 mil vagas de empregos.
“Há 30 dias, o Supremo Tribunal Federal bloqueou a conta de 43 empresários. Esses empresários geram milhares de emprego em Mato Grosso e até hoje essas contas não foram liberadas”, disse durante sessão no Senado.
"Bloquear contas de empresários que geram, no mínimo, 50, 60 mil postos de trabalho? Esses cidadãos, hoje, estão em situação difícil lá em Mato Grosso. Quero fazer um apelo público ao ministro Alexandre de Moraes, para que reveja essas decisões que ele tem dado, porque, caso contrário, vamos penalizar muitos cidadãos de bem", acrescentou.
Para Jayme, o ministro tem agido de maneira irresponsável e monocromática.
“Por isso temos que fazer aqui, num termo bem chulo, um freio de arrumação. Caso contrário, fica muito feio para nós, políticos", afirmou.
"Recebo aqui 100, 200, 300 WhatsApp dizendo: 'Qual a posição do senador Jayme em relação a esses assuntos feitos, acima de tudo, de forma monocromática?'", disse.
Falidos
O senador ainda teme que esses empresários tenham de fechar as portas de seus comércios por conta dos bloqueios das contas.
"Alguns vão até quebrar, porque quem fornece a eles, ou seja, seu motorista, trabalhador, quer receber seu salário no dia 30 e estão impossibilitados", afirmou.
"Aqui eu quero fazer um apelo público ao ministro Alexandre de Moraes, para que reveja essas decisões que ele tem dado, porque, caso contrário, nós vamos penalizar muitos cidadãos de bem em nosso país", completou.
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