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Internacional
Segunda - 23 de Julho de 2012 às 13:00

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Na mesma obra de ampliação do Shopping Pátio Higienópolis, realizada em 2009, em que o major Francisco é suspeito de agilizar laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros, um agente da Polícia Ambiental conhecido como Hanz teria recebido R$ 70 mil para fazer vista grossa diante de danos ambientais provocados pela obra.

 

 

Segundo o relato da testemunha ao Ministério Público, o dinheiro teria sido dividido em sete parcelas e pago com notas frias da Pan Serviços de Administração Ltda. Cada repasse custava R$ 13.333,00, já que a empresa cobrava pelos impostos decorrentes da emissão da nota sobre cada propina.

 

A base de cálculo utilizada para o pagamento de Hanz, que seria policial civil, se repete em diversas notas fiscais, segundo o Ministério Público Estadual (MPE). Todos os valores investigados terminam nas sequências 333 e 666, o que, segundo os promotores, até facilita o trabalho de apuração.

 

No caso de Hanz, o acordo impedia o policial de notificar os responsáveis da obra pelas irregularidades. A ampliação promoveu cortes e transporte irregulares de árvores no terreno incorporado ao centro comercial. Pelo menos uma das parcelas, segundo a testemunha, foi paga no interior do centro comercial, na frente de um café.

 

A testemunha afirma ainda aos promotores ter participado da reunião realizada para fechar o negócio com o policial. Antes do encontro, mais um pagamento teria ocorrido, dessa vez no valor de R$ 5 mil.

 

Falhas

 

O então secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV), também é apontado como integrante do esquema. Ele teria recebido R$ 200 mil, de acordo com o depoimento, para acobertar as falhas do Shopping Pátio Higienópolis. Jorge nega as acusações.

 

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente diz que prestará os devidos esclarecimentos à Promotoria, que enviou ofício solicitando informações da pasta sobre o processo de licenciamento ambiental do shopping na última sexta-feira.

 

O Shopping Pátio Higienópolis informa que "desconhece a existência de pagamentos indevidos e que tem pautado sua atuação pelo mais absoluto respeito às normas éticas e legais". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.






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