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Sábado - 24 de Dezembro de 2022 às 10:01
Por: Cíntia Borges/Midia News

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Mayke Toscano Secom-MT
O governador Mauro Mendes, que falou sobre caos na Saúde de Cuiabá
O governador Mauro Mendes, que falou sobre caos na Saúde de Cuiabá

O governador Mauro Mendes (União) disse que, se necessário, poderá assumir a Saúde de Cuiabá. A possibilidade de intervenção é objeto de uma ação que está para ser julgada pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Nesta semana, o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, reforçou o pedido à Justiça para que o Estado intervenha na Saúde da Capital. Segundo ele, o setor vive uma “completa calamidade pública” e está colapsado.

Mendes afirmou que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) deveria “tomar uma atitude” e disse que o que ocorre nos hospitais e unidades de saúde da Capital é “uma pouca vergonha”.

“O que está acontecendo em Cuiabá é uma pouca vergonha de quem deveria tomar uma atitude - e eu nem sei se vai tomar. E não sou eu governador [que tomará atitude], mas se for, eu tomo”, afirmou o governador à imprensa.



Não sou eu governador [que tomarei vergonha], [mas] se for [necessário], eu tomo

O governador relembrou que, à época em que foi prefeito da Capital (2013-2016), recebia pacientes de outros municípios e com uma quantidade muito menor de leitos disponíveis.

“Nós temos 500 leitos na baixada Cuiabana. Quando fui prefeito nunca reclamei de atender alguém do estado inteiro, que tinha apenas 58 leitos”, disse.

Segundo Mendes, a baixada cuiabana atualmente conta com 500 leitos e, ainda assim, Emanuel não consegue suprir a demanda da Capital.

O que Cuiabá deveria fazer, nós estamos fazendo, para não deixar as pessoas morrerem

“Vai lá no Metropolitano ver a quantidade de atendimento que estamos fazendo. As cirurgias que estamos fazendo. Estamos fazendo neuro. O que Cuiabá deveria fazer, estamos fazendo, para não deixar as pessoas morrerem”, afirmou.

Caos na Saúde

A saúde de Cuiabá vem sendo alvo de diversos escândalos e já foi alvo de operações policiais e até de afastamento do prefeito de Cuiabá.

As denuncias apontam falta de médicos, furos nas escalas de trabalho, falta de medicamentos, atrasos nos pagamentos dos médicos, dentre outros.

“Nesses quase 30 anos de serviço público, a Saúde esteve tão ruim. Falta tudo, de estrutura, medicação, especialistas… Dipirona tem mais de anos que não tem. Às vezes chega uma caixinha que não dá para cinco dias”, afirmou uma médica concursada na Capital desde 1997 em depoimento ao Ministério Público Federal.





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