RETROSPECTIVA 2022
Mato-grossenses se deparam com varíola do macaco com uma morte registrada Primeiros casos foram diagnosticados em agosto e uma vítima fatal da doença morreu em novembro, no município de Campo Verde
Depois de conviver por dois anos com a pandemia da covid-19, os mato-grossenses se depararam com a chegada da monkeypox ao território estadual em 2022, a famosa varíola do macaco. Bem menos letal que a infecção por coranavírus, a monkeypox contaminou diversos moradores do Estado, onde também houve uma morte causada pela doença. Atualmente, de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), são 115 casos positivos, 166 suspeitos e uma morte.
A SES-MT confirmou o registro dois dois primeiros casos da varíola do macaco no dia 5 de agosto. Os pacientes eram moradores de Cuiabá e estavam sendo monitorados desde 28 de julho. Simultaneamente a esses dois casos positivos, outros dois estavam sendo monitorados em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), três em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá) e um em Sorriso (a 420 km de Cuiabá).
A primeira morte pela varíola do macaco em Mato Grosso foi registrada no dia 9 de novembro. A vítima era um homem de 27 anos, morador de Campo Verde (a 142 km de Cuiabá). Ele foi diagnosticado com o vírus em setembro e, após procurar atendimento no município em que residia, foi transferido para o Hospital Universitário Júlio Müller. Desde então, não houve mais registros de mortes no Estado.
Inicialmente, a contaminação em Mato Grosso atingiu prioritariamente homens, em seguida, ocorreram casos femininos e até em crianças. Desde julho, a Prefeitura de Cuiabá começou a alertar a população sobre a monkeypox, que começava a se alastrar pelo país. No Brasil, os primeoiros casos da doença ocorreram em Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Sul.
Após os primeiros infectados, a varíola do macaco começou a circular em Mato Grosso facilmente. Em outubro, um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, chegou a ser isolado após apresentar suspeita de contrair a monkeypox. No entanto, não foi confirmado o diagnóstico no preso.
Nos últimos dias, os casos positivos de monkeypox não têm crescido no Estado e, mesmo com número relativamente alto de infectados, Mato Grosso está "estabilizado" em relação a novas ocorrências. Conforme o boletim, os casos estão sendo mantidos ou reduzidos. Em contrapartida, os suspeitos, que ficam sob monitoramento, estão evoluindo, somando 116 até esta terça-feira (27).
Cuiabá lidera a lista de cidades com mais infectados desde o início da infestação no Estado, com 64 casos positivos. Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá) segue sempre em segundo lugar, onde até esta terça-feira somam 25. Atualmente, Mato Grosso tem 17 cidades com pessoas infectadas com varíola do macaco.
Por enquanto, a única maneira de se prevenir do vírus é tomando cuidados com a higiene, adotando hábitos como o uso contínuo do álcool em gel. Ainda não há vacina contra a doença.
CASOS CONFIRMADOS
Cuiabá – 64
Várzea Grande – 25
Sinop - 5
Tangará da Serra - 4
Campo Novo do Parecis – 4
Barra do Garças - 2
Novo Mundo - 2
Araputanga - 1
Cáceres - 1
Campo Verde - 1
Guarantã do Norte - 1
Rondonópolis - 1
Nova Xavantina - 1
Sorriso - 1
São Félix do Araguaia - 1
Parimavera do Leste - 1
Poxoréu - 1
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