PROTESTOS ANTIDEMOCRÁTICOS
Bolsonarista acusado de tentar explodir bomba em Brasília liderou bloqueio em MT Apesar de ser apontado como líder do primeiro bloqueio pela Polícia Rodoviária Federal, não foram identificados indícios de que Alan Rodrigues tenha participado da escalada violenta do mês de novembro
Investigação do Ministério Público revelou que Alan Diego Rodrigues — acusado de participar da tentativa de ataque terrorista em Brasília — foi um dos líderes do bloqueio da BR-174, em Comodoro (640 km de Cuiabá), logo após o segundo turno das eleições presidenciais.
Segundo apurado pelo UOL, os documentos enviados pelo Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontam que Rodrigues liderou a interdição que contou com cerca de 15 pessoas e oito veículos. Na ocasião, ele ocupava uma caminhonete de propriedade do pecuarista Paulo Adriano Gai Cervo.
Apesar de ser apontado como líder do primeiro bloqueio pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), não foram identificados indícios de que Alan Rodrigues tenha participado da escalada violenta e dos novos bloqueios que aconteceram em Comodoro durante o mês de novembro.
Desde o dia 24 de novembro, o bolsonarista vinha postando em suas redes sociais imagens em Brasília, no acampamento montado em frente ao Quartel General (QG) do Exército.
Um mês depois, na véspera de Natal, Alan Rodrigues teria participado da tentativa de atentado com bomba em vários pontos de Brasília. O plano foi descortinado depois que o motorista de um caminhão-tanque que entraria no aeroporto da capital federal identificou o explosivo no veículo. O empresário paraense George Washington de Oliveira foi preso no mesmo dia e confessou ser proprietário da bomba.
Foi ele quem informou à polícia sobre a participação do morador de Comodoro na tentativa de atentado. Ele seria o responsável por explodir uma bomba em uma estação de energia. Alan Diego Rodrigues é considerado foragido da polícia.
Nesta quinta-feira, a Polícia Federal, em conjunto com a Polícia do Distrito Federal, deflagou operação à caça de bolsonaristas acusados de orquestrar atos e vandalismos e antidemocráticos na capital federal por ocasião da diplomação do presidente Lula (PT), em 12 de dezembro. O bolsonarista de Comodoro seria um dos alvos dos 32 mandados judiciais.
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