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Quinta - 19 de Janeiro de 2023 às 07:33
Por: Ulisses Lalio/Gazeta Digital

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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não exonerou o ex-chefe de gabinete Antônio Monreal Neto, e a ex-secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza. Por decisão judicial, os dois foram afastados do cargo e estão proibidos de adentrar prédios públicos do município, desde outubro de 2021.

Ambos são alvos da Operação Capistrum que investiga suposta organização criminosa voltada para contratações irregulares de servidores temporários na Secretaria Municipal de Saúde. As apurações indicam que a maioria das contratações foi feita para atender interesses políticos do prefeito. Mesmo sem trabalhar, os cofres públicos já pagaram o montante de R$ 200.465,45 para os dois secretários de Pinheiro.

Monreal recebeu em sua conta R$ 109.798,26, enquanto que Ivone R$ 90.667,19 desde outubro de seus afastamentos requeridos pelo Ministério Público Estadual. O caso curioso é que Rogério Bento Noronha, que subistituiu Monreal de forma interina, recebe menos que o ex-secretário afastado, com um salário em torno dos R$ 5 mil. O processo está em fase preliminar e segue ‘travado’ desde o início de 2022.

Ao todo foram 4 pedidos de prorrogação de prazos, solicitados pelas defesas de Emanuel e Ivone. No último dia 19 de dezembro, o processo foi desmembrado pelo desembargador da Turma de Câmaras Criminais Reunidas, Luiz Ferreira da Silva. Agora apenas o prefeito será investigado na 2ª instância, por conta da sua prerrogativa de foro.

Os demais seguiram para a 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, especializada em crime organizado. Na operação deflagrada pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Civil foram cumpridos mandados de busca e apreensão e sequestro de bens contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e a mulher dele, Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro.

Além do prefeito, foram alvos da operação a secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza, e o chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto. Todos foram afastados de suas funções, e o chefe de gabinete foi preso temporariamente.

Os pedidos de busca e apreensão e de sequestro de bens também atingiram o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da prefeitura, Ricardo Aparecido Ribeiro. A primeira-dama ainda segue impedida de entrar no prédio da Prefeitura de Cuiabá. Todos negam as acusações.





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