“Emanuel tem que explicar onde foi parar tanto dinheiro”, diz Dilemário Vereador relatou que prefeito tenta justificar caos na Saúde com argumentos falsos
O vereador Dilemário Alencar (Podemos) afirmou que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), precisa explicar onde aplicou os valores bilionários que a Prefeitura alega ter investido na Saúde da Capital.
O parlamentar rebateu a fala do prefeito, que tentou justificar o verdadeiro caos instalado na Saúde sob a alegação de repasses não quitados pelo Estado.
Emanuel alega que existe uma dívida do Estado de 2016, 2017 e 2018 no valor de R$ 32 milhões. No entanto, a dívida de restos a pagar do município é de R$ 356 milhões.
Além disso, conforme os dados do Portal Transparência, a atual gestão estadual tem cumprido rigorosamente os repasses ao município, mês a mês.
"O prefeito insiste em conversar fiado enquanto os cuiabanos morrem à espera de atendimento. Cuiabá nunca recebeu tantos recursos do Estado e a Saúde só piora por total incompetência, descaso e desumanidade dele", afirmou.
Dilemário lembrou que os gastos da Prefeitura com a saúde só aumentam, saltando de R$ 927 milhões em 2018 para R$ 1,5 bilhão em 2022, um aumento de 68%. Em contrapartida, os serviços têm piorado na mesma proporção.
"São milhões de remédios vencidos, médicos sem receber, falta luva, anestésicos, até dipirona nos postos. Gente morrendo à espera de atendimento e de medicamentos. Cadê esse dinheiro todo? É o financeiro da Americanas que está cuidando dos recursos da Saúde em Cuiabá?", criticou.
Caos na Saúde
A situação de calamidade na Saúde de Cuiabá levou o desembargador Orlando Perri a decretar intervenção, em dezembro de 2022, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE). A medida foi revogada temporariamente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Durante os dias de intervenção, foram feitos diagnósticos sobre a real situação da Saúde de Cuiabá, com a detecção de um cenário de horror, incompetência e má-gestão, desde milhões de medicamentos vencidos, rombo financeiro na ordem de R$ 356 milhões, dívidas em repasses a fornecedores, atrasos de meses nos salários de profissionais de saúde, inchaço de cargos comissionados (cabidão de emprego) e pessoas morrendo por falta de atendimento adequado.
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