Comércio mato-grossense desacelera, diz pesquisa do IBGE Com referência a novembro, houve queda de -1,6% no volume de vendas do comércio varejista no Estado
O penúltimo levantamento da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), com referência ao mês de novembro, registrou queda de -1,6% no volume de vendas do comércio varejista em Mato Grosso em relação ao mês anterior.
Ainda assim, os dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT) mostram crescimento de 7,1% no volume de vendas e de 12,4% na receita nominal, se comparado a novembro de 2021.
Ainda segundo análise do IPF/MT, o Estado faz parte, com outros 21 estados da Federação que registraram retração mensal na pesquisa, apresentando uma média negativa de -0,6% no mês.
O recuo mensal se caracteriza, na verdade, como desaceleração no crescimento tanto no volume de vendas do comércioquanto de serviços, levando em consideração os últimos 12 meses, visto que ainda possui um crescimento significativo para os setores.
No entanto, o presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, afirma que o recuo também pode estar ligado a fatores que envolvem a confiança do empresário no cenário econômico.
“O próprio Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) do mês de dezembro de 2022, divulgado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostra um recuo de -10,4% no geral, retornando a um patamar mais baixo do que o levantado em dezembro de 2021”.
Os dados do Icec revelam uma queda de -18,9% na expectativa sobre a economia brasileira e de -9% no nível de investimento das empresas.
“Já é possível observar uma moderação por parte das empresas no ritmo de expansão dos negócios, que vinha sendo observado em anos anteriores e em boa parte do ano passado”, afirmou Wenceslau Júnior.
Ainda conforme o IPF/MT, o atual cenário político também pode influenciar na atividade econômica das empresas do comércio e de serviços em todo país, principalmente, em períodos eleitorais, como consequência das possíveis mudanças que podem surgir, que se caracterizam como incertezas de médio e longo prazos, impactando os índices apresentados.
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