Tradicional festa de São Sebastião começa nesta sexta em Cuiabá Serão quatro dias de programação, entre os dias 20 e 23 de janeiro, com direito a chá com bolo, almoço, jantar, apresentação de Siriri e bailão com seis bandas
Nesta sexta-feira (20.01), começa a Tradicional Festa de São Sebastião e Nossa Senhora Aparecida, que comemora 76 anos de tradição e muita fé! A anfitriã da festa é dona Matilde da Silva, mentora da Associação Flor do Campo, um quintal potente que preserva a cultura popular cuiabana, junto com o esposo Daniel da Silva. Serão quatro dias de programação neste quintal, no bairro Parque Ohara, em Cuiabá, seguindo todo o rito de levantamento de mastro, missa, reza cantada, chá com bolo, almoço e jantar. Com direito a bailão das bandas Scort Som, Mega Som, Real Som, Lambadão dos Federais, Embalo Sim, Pagode Silva, e apresentação de Siriri dos grupos Flor do Campo e Flor do Atalaia. A entrada é franca.
Com seu largo e belo sorriso, Dona Matilde da Silva comanda com maestria a Associação Flor do Campo: um grupo familiar composto por 12 pares para o Siriri, cinco tocadores e cinco mulheres no backing vocal, que aproximadamente 40 anos dançam, cantam e tocam, fazendo a batida da saia, o gingado do corpo e o pisado tradicional apoteótico!
“A raiz não pode ser deixada de lado para se fazer o bom Siriri!” Esse é o lema do Flor do Campo, cuja identidade é a dança, com fé e devoção, principalmente a São Sebastião, que é o grande motivo da festa.
“Meu sogro que começou essa festa. Ele teve a doença chamada ‘fogo selvagem’ e foi para Campo Grande (MS) enrolado em folhas de bananeira, muito mal. Um dia ele se sentou embaixo de uma árvore, atrás do hospital, e disse: - Oh, meu São Sebastião, se vós me curar eu vou trocar de santo e fazer uma festa todo ano à São Sebastião. Não foi nem 15 dias e ele se curou. Ficou com o corpo limpo e nem parecia que ele tinha tido a doença”, conta dona Matilde.
E assim começou a festa, há 76 anos, no bairro São Francisco, no “Quebra Pote”, onde foi realizada por muitos anos. Já no leito de morte de Narciso Sampaio reuniu os filhos e pediu que todos dessem continuidade, pois era o santo padroeiro da família deles. No entanto, nenhum filho se propôs a fazer.
Quem deu continuidade após a morte do sogro foi o pai de Matilde, o senhor Leocardio da Silva, por 20 anos. “Aí meu pai faleceu e ficou eu e o meu marido fazendo essa festa. Já tem uns 20 anos também. Fizemos por cinco anos no Colônia, em frente ao Café Brasileiro, mas depois que o local fechou decidimos fazer no quintal de casa, com a cozinha no fundo dela. São Sebastião é o padroeiro do meu grupo Flor do Campo e Nossa Senhora Aparecida, do Flor do Jardim, e por isso o nome dos dois na festa. Vocês estão todos convidados!”, destaca Matilde.
Neste ano a festa conta com o Patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), por meio de emenda parlamentar impositiva do deputado Wilson Santos, com apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e realização do Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação.
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