"Guerra" entre Botelho e Russi deve ir até véspera da eleição na AL Ao contrário de outros anos, em que ato não passou de formalidade para endossar chapas de consenso, em 2023, pode haver disputa

O "suspense" em torno da eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso deve perdurar até as vésperas do pleito, marcado para o dia 1º de fevereiro.

Ao contrário de outros anos, em que a eleição não passou de mera formalidade para endossar chapas de consenso, em 2023, pode haver uma disputa na Assembleia Legislativa.

Isso porque, os deputados estaduais Eduardo Botelho (União) e Max Russi (PSB) ainda não chegaram a um denominador comum.

Ambos estão de olho na presidência da Casae estão se articulando nos bastidores para conquistar o apoio da maioria dos parlamentares.

Botelho, que responde pela presidência atualmente, convidou Russi para repetir a "dobradinha" e compor com ele como primeiro-secretário, em sua chapa.

O convite foi feito na semana passada. Na oportunidade, o deputado deu um prazo para Russi que se expirou na quinta-feira (19).

O parlamentar do PSB, contudo, garantiu que a sua decisão será tomada somente na próxima semana.

O socialista afirmou que irá reunir o seu grupo novamente para definir se mantém a candidatura à presidência, ou se compõe como primeiro-secretário na chapa encabeçada pelo atual presidente.

“O grupo que vai resolver isso. Se quiserem [que mantenha a candidatura], sim, se acharem melhor compor, eu vou escutá-los. Devemos nos reunir até quarta-feira [24]”, disse Russi.

Questionado sobre esse prazo dado por Botelho, ele descartou qualquer possibilidade de vir a se posicionar nesta semana.

”Eu não vou falar. Semana que vem, sim, na hora que reunir com todos. Aí, vai dele esperar ou não”, disse.

A eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa ocorre no próximo dia 1º de fevereiro, logo após a posse dos deputados estaduais eleitos em outubro de 2022.