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Saúde
Domingo - 22 de Julho de 2012 às 13:31

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Um painel internacional de saúde recomendou pela primeira vez que todos os pacientes com o vírus HIV sejam tratados com remédios antirretrovirais, mesmo quando o impacto do vírus no sistema imunológico se mostra pequeno.

 

A Sociedade Antiviral Internacional, uma entidade sem fins lucrativos, citou novas evidências de que a infecção com o vírus da imunodeficiência não tratada causa aids e pode levar a vários outros problemas, incluindo doenças cardiovasculares e renais. Além disso, dados mostraram que combater o HIV reduz o risco de uma pessoa infectada transmitir o vírus a outra.

"Não estamos mais apenas concentrados nas infecções tradicionais da aids. Sabemos que o HIV está danificando o corpo a todo momento em que não está controlado", afirmou a Dra. Melanie Thompson, pesquisadora do Consórcio de Pesquisa do HIV em Atlanta e membro do painel da Sociedade Antiviral.

As recomendações são globais, mas principalmente focada em países "ricos na pesquisa", que podem cobrir os custos das medicações, afirmou. As diretrizes foram publicadas no Journal of the American Medical Association no começo da conferência 2012 da Sociedade, que ocorre de domingo a sexta-feira em Washington.

Além dos estudos mostrando que o tratamento com drogas antirretrovirais reduz o risco de transmissão do HIV, testes mostraram um efeito protetor quando o remédios são usados por pessoas em risco e não infectadas com o vírus.

Os órgãos reguladores da saúde nos EUA aprovaram no começo deste mês o uso de Truvada, da Gilead Sciences, para adultos com HIV negativo, mas que estão sob risco de adquirir o vírus. Como outras drogas antirretrovirais, a pílula foi fabricada para manter o vírus que causa a aids sob controle, suprimindo a replicação viral no sangue.

"As drogas são convenientes, têm poucos efeitos colaterais e seus benefícios estão se tornando cada vez mais claros, tanto para as pessoas infectadas quanto do ponto de vista da saúde pública", disse o Paul Volberding, diretor do Centro de Pesquisa de aids da Universidade da Califórnia e outro membro do painel.





Fonte: Reuters

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