Caminhoneiros de Mato Grosso acreditam que a Lei que impõe limite para a jornada de trabalho irá influenciar o preço do frete. A medida, que entra em vigor a partir do dia 30 de julho, impede que os motoristas dirijam por mais de 10 horas sem descansar.
Para o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos, Roberto Pessoa, haverá uma redução no número de caminhões circulando pelas estradas. “Com isso, o preço do frete deve aumentar”, acredita. A categoria já começa a se adaptar às exigências visando, principalmente, reduzir o número de acidentes nas rodovias do país.
Os dados da Polícia Rodoviária Federal (prf) revelam o quanto é perigosa a combinação sono, cansaço, veolocidade e imprudência. De janeiro a junho desse ano 31 caminhoneiros perderam a vida nas estradas de Mato Grosso. “Se tratando de acidentes com morte a categoria dos motoristas é a que mais mata no Brasil“, diz a auditora do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE), Ana Cristina Belfort.
Fiscalização
O principal instrumento para fiscalizar o cumprimento da lei é um aparelho que já é instalado nos caminhões: o tacógrafo, que monitora a velocidade e a distancia percorrida. Mas, de acordo com José Hélio Macedo, da PRF, além do tacógrafo, o controle poderá ser feito através de um documento que será entregue ao empregador. “No caso dos autônomos o papel será disponibilizado junto ao sindicato da categoria”.
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