Estado eliminou mais de 6 mil postos de trabalho no ano passado Dos cinco mais importantes setores da economia mato-grossense, quatro deles eliminaram vagas de trabalho
Mato Grosso encerrou o ano de 2022 com saldo negativo de 6.437 empregos formais – com carteira assinada -.
Em outras palavras, ao longo desse período, o Estado mais eliminou vagas, por meio de demissões, do que criou vagas de empregos com contratações e admissões.
O saldo negativo é a diferença entre o acumulado do ano passado ante o registrado nos 12 meses do ano anterior, saindo de 63.791 vagas criadas em 2021 para 57.354 em 2022.
Esses e outros dados fazem parte do segundo balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) apresentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Dos cinco mais importantes setores da economia mato-grossense, quatro deles eliminaram vagas de trabalho.
A agropecuária fechou 2022, criando 403 postos de trabalho.
A indústria fechou 2.208 postos. A construção civil cortou outros 3.670 postos.
Serviços e comércio também mais demitiram do que contrataram e fecharam o período com -2.320 e -934, respectivamente.
Somente em dezembro, Mato Grosso eliminou 8.729 vagas formais, reflexo do maior registro de demissões (43.788) perante as contratações (35.059).
Ainda observando os resultados do mês, em 2022 houve a maior demissão do período pandêmico.
Em dezembro de 2020 foram cortadas 4.169 vagas e em igual momento de 2021, 7.551.
Em relação a 2022, o Caged mostra que todos os estados do Centro-Oeste fecharam o ano com saldo negativo.
Goiás cortou mais de 12 mil postos, Mato Grosso foi o segundo maior ‘demissor’, o Distrito Federal cortou outros 8.276 postos e Mato Grosso do Sul eliminou 6.621 postos.
Em relação aos municípios mato-grossenses, Cuiabá gerou o maior número de vagas com carteira assinada de 2022: 14.575.
Na sequência, estão Rondonópolis, 5.512, Sinop com 4.233, Sorriso com 3.935 e Várzea Grande com 2.213.
NACIONAL - O Brasil fechou o mês de dezembro do ano passado com saldo negativo de 431.011 empregos formais (com carteira assinada).
O saldo do mês passado foi resultado de 1.382.923 milhões de contratações e 1.813.934 desligamentos.
Já o estoque total de trabalhadores celetistas recuou 1% em dezembro, contabilizando 42.716.337.
No acumulado do ano, houve saldo de 2.037.982 empregos, decorrente de 22.648.395 admissões e de 20.610.413 desligamentos.
Os números mostram que, no mês de dezembro, os cinco grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo negativo.
O setor de serviços teve a maior perda, com redução de 188.064 postos.
Na sequência, vem o setor da indústria geral, com menos 114.246 postos, com a maior queda na indústria de transformação (-112.992 postos).
A construção ficou com saldo negativo de 74.505 postos, a agropecuária, com menos 36.921 postos e o comércio, com 17.275 postos a menos.
As 27 unidades federativas fecharam o mês com saldo negativo de empregos.
Os destaques são: São Paulo, onde houve perda de 151.474 postos (-1,13%), Minas Gerais, com menos 45.761 postos (-1,01%) e Santa Catarina, com menos 39.268 postos (-1,64%).
Entre as regiões, o Sudeste fechou fevereiro com menos 212.362 postos.
Na sequência vem o Sul, com menos 102.993 postos, o Nordeste, com menos 52.018 postos, o Centro-Oeste, com menos 35.740 postos e a Região Norte, com menos 27.143 postos.
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