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Terça - 07 de Fevereiro de 2023 às 12:05
Por: Diário de Cuiabá

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Trotes atrapalham os atendimentos das equipes e podem se tornar um problema sério quando se trata dos serviços de emergência e urgência.
Trotes atrapalham os atendimentos das equipes e podem se tornar um problema sério quando se trata dos serviços de emergência e urgência.

Muitas pessoas ainda persistem e ligam para passar trote na equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), gerido pela Secretaria Estadual de Saúde (Ses-MT).

Só em 2022, foram 4.752 chamadas falsas, que atrapalham os atendimentos das equipes e podem se tornar um problema sério quando se trata dos serviços de emergência e urgência.

“Infelizmente, essa é uma triste realidade. Apesar de ser muito menor que em anos anteriores, os trotes ainda acontecem. Para esse número ser ainda menor, nós contamos com o apoio da população e veículos de imprensa, que nos ajudam a conscientizar as pessoas sobre o prejuízo do trote nos atendimentos de demandas realmente sérias”, disse a coordenadora do Samu, Luciele Fernanda Benin.

No mesmo ano, o Samu realizou mais de 114 mil atendimentos à população da Baixada Cuiabana.

Entre os serviços realizados, estão atendimentos clínicos, de traumas e orientações médicas.

Do total, foram 18.622 assistências clínicas, 14.566 atendimentos de traumas, 9.773 orientações médicas e 71.297 atendimentos diversos.

As demandas foram atendidas por meio do telefone 192 nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Poconé e Chapada dos Guimarães.

A coordenadora do Samu, Luciele Fernanda Benin, informa que equipe é robusta e qualificada para atender as demandas da população de forma eficiente.

“Estamos em constante treinamento para ofertar um serviço de qualidade aos usuários do SUS”, disse por meio da assessoria de imprensa. “Assim que acionada, imediatamente a equipe se desloca até o local da ocorrência”, acrescentou.

O trote pode parecer uma brincadeira para algumas pessoas, mas pode custar a vida de um ser humano quando se trata de prejudicar o trabalho dos atendentes do Samu que em vez de atender uma real necessidade, acabam perdendo o tempo em linha com uma falsa ligação de urgência.

Passar trotes aos serviços de emergência é um crime previsto pelo artigo 266 do Código Penal Brasileiro (CPB), e o infrator pode pegar de um a seis meses de detenção.

Além disso, crianças e adolescentes também podem ser punidos.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esse tipo de ligação é um ato infracional gravíssimo e quem o comete deve ser encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude para que sejam aplicadas as medidas socioeducativas.

ESTRUTURA - Segundo Luciele Benin, para um atendimento célere e eficiente, o serviço de atendimento móvel conta com uma estrutura interna administrativa e externa operacional com profissionais capacitados.

A estrutura interna dos atendimentos conta com técnico auxiliar em regulação médica, responsável por receber a ligação e ter o primeiro contato com o solicitante; médico regulador, que realiza a regulação do paciente por meio de perguntas realizadas ao solicitante sobre o estado da vítima; radio-operador, entre outros.

As equipes externas são compostas por motolância, conduzida por um profissional habilitado e qualificado, sempre em duplas, sendo enfermeiro e técnicos em enfermagem; Unidades de Suporte Básico (USB), que dispõe de um condutor socorrista, um técnico e um enfermeiro; Unidade de Suporte Avançado (USA), integrada por um condutor socorrista, um enfermeiro e um médico.

O Samu conta, ainda conforme a assessoria de imprensa, com a Central de Material e Esterilização (CME), que dá suporte à todas as equipes.

No CME, são reabastecidos os materiais essenciais ao atendimento das vítimas, como gases, luvas e cilindros de oxigênio.

Já a Farmácia do Samu é responsável pelo estoque de componentes que compõem a bolsa de medicamentos contidas em todas as unidades de rua do serviço de atendimento móvel.





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