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Cidades/Geral
Quinta - 09 de Fevereiro de 2023 às 06:28
Por: Diário de Cuiabá

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O ranking das pistas em territórios indígenas coloca as TIs Yanomami (75 pistas), Raposa Serra do Sol (58), Kayapó (26), Munduruku (21) e o Parque do Xingu (21) na liderança
O ranking das pistas em territórios indígenas coloca as TIs Yanomami (75 pistas), Raposa Serra do Sol (58), Kayapó (26), Munduruku (21) e o Parque do Xingu (21) na liderança

Levantamento do MapBiomas identificou 2.869 pistas de pouso na Amazônia, mais do que o dobro das pistas contidas nos registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Segundo o MapBiomas, os estados com maior quantidade de pistas de pouso na região são Mato Grosso (1.062 pistas), Pará (883), Roraima (218) e Tocantins (205).

Pelas coordenadas geográficas, 804 pistas de pouso (ou 28% do total) estão dentro de alguma área protegida.

São 320 (11%) no interior de terras indígenas e 498 (17%) no interior de unidades de conservação.

Também ficam a até 5 km de distância de um garimpo, ou menos, 456 dessas pistas, ou 15,8% do total contabilizado.

No interior das áreas indígenas, esse percentual é maior: no caso da TI Yanomami, 33,7% das pistas estão a 5 km ou menos de algum garimpo; na TI Kayapó, esse percentual é de 34,6%; na TI Munduruku, 80%.

O ranking das pistas em territórios indígenas coloca as TIs Yanomami (75 pistas), Raposa Serra do Sol (58), Kayapó (26), Munduruku (21) e o Parque do Xingu (21) na liderança.

A correlação com o avanço do garimpo na região é inequívoca: as Terras Indígenas mais exploradas pelo garimpo foram a Kayapó, na qual 11.542 hectares foram tomados pelo garimpo até 2021, seguida pelo território Munduruku, com 4.743 hectares, e a terra Yanomami, com 1.556 hectares.

“Há um problema logístico intrínseco ao garimpo, em especial dentro de terras indígenas e Unidades de Conservação, onde não há grandes rotas de acesso terrestre ou fluvial. Isso exige o acesso aéreo para abastecimento do garimpo e escoamento da produção ilegal. Seja por helicópteros ou aviões de pequeno porte, por pistas ilegais ou pistas legais cooptadas pelo crime, grande parte da produção garimpeira amazônica é feita por via aérea. Portanto, identificar essas pistas de pouso encravadas na floresta Amazônica é tarefa essencial para estrangular o garimpo ilegal”, explica Cesar Diniz, doutor em Geologia e coordenador técnico do mapeamento da mineração no MapBiomas.

“Esta base de dados, pública e gratuita, de localização das pistas de pouso, sejam elas legais ou ilegais, dentro de toda a extensão do bioma Amazônico visa auxiliar o trabalho de acabar com as pistas clandestinas e o garimpo ilegal”, completa.

O mapeamento das pistas de pouso foi realizado pela Solved, que também lidera o mapeamento de mineração, aquicultura e zona costeira no MapBiomas.

Ele oferece uma base de dados pontual (feita por pares de coordenadas X-Y), que foi construída por interpretação visual de imagens alta resolução (4 metros de resolução - Planet), a partir de mosaicos mensais de 2021 e, em sua primeira versão, sem dissociação entre pistas autorizadas ou não-autorizadas.

FAZENDEIRO GOLPISTA - Presidente da Aprosoja Brasil, alvo do inquérito dos atos antidemocráticos e ex-candidato a senador pelo PTB de Mato Grosso, o empresário bolsonarista Antonio Galvan (PTB) é dono de aeródromo clandestino, que fica em uma fazenda alvo de desmatamento ilegal.

A revelação foi feita pelo site Metrópoles, em setembro de 2022.

Segundo o veículo, a pista de pouso, que tem cerca de 1,1 mil metros de comprimento, está localizada na Fazenda Dacar, próximo ao município de Vera (458 km ao Norte de Cuiabá).

O site lembra que, em 2004, Galvan foi flagrado ao desmatar ilegalmente cerca de 500 hectares de vegetação nativa dessa mesma fazenda.

A existência do aeródromo, foi confirmada pelo Metrópoles por meio de imagens de satélite.





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