Deputado defende câmera nas fardas: “Segurança para policiais” Paulo Araújo defendeu que os vídeos servem de provas para os policiais
O deputado estadual Paulo Araújo (PP) afirmou ser a favor do uso de câmera nas fardas dos agentes de segurança pública do Estado.
Para mim isso é uma segurança para os próprios policiais, para os bons policiais
A declaração foi feita após o parlamentar ser questionado sobre a morte do jovem Diego Kalininski, de 25 anos, atingido por quatro disparos durante uma abordagem policial na madrugada de domingo (5) em Vera.
Araújo defendeu que o equipamento pode ajudar na segurança dos próprios policiais em casos como o que ocorreu neste fim de semana.
“Vejo que tem alguns deputados que são ligados à segurança pública que são contra. Eu sou a favor, para mim isso é uma segurança para os próprios policiais, para os bons policiais”, afirmou.
O deputado relatou que viu os vídeos do caso de Vera e, em certos momentos, teve impressões diferentes do caso devido ao ângulo em que as testemunhas filmaram a ação do policial.
Para Araújo, este problema seria solucionado em casos semelhantes, pois com as câmeras instaladas nas fardas haveria o ponto de vista do policial. Dessa forma, o aparelho serviria para beneficiar os agentes envolvidos.
“Se o policial está ali com a câmera de vídeo, serviria até de prova para o policial. Não no caso de Vera, porque havia muitas pessoas filmando e deu para ver de vários ângulos. No entanto, de certos ângulos você chegava a pensar ‘nossa aquele policial executou o menino’. Então, sou a favor das câmeras”, explicou.
Se o policial está ali com a câmera de vídeo, serviria até de prova para o policial
Impasse na AL
Tramita na Assembleia Legislativa, desde fevereiro de 2022, um projeto de lei para obrigar o Governo do Estado e instalar câmeras de vigilância no interior dos veículos e aeronaves das Polícias Civil, Militar, Penal e dos Bombeiros, além de coletes e capacetes.
O projeto determina que as câmeras usadas deverão ser de ponta para facilitar a identificação dos envolvidos e da ação, bem como as imagens devem ser preservadas na nuvem, não sendo permitido apagá-las.
A matéria é de autoria do deputado Wilson Santos (PSDB), que justifica a necessidade da adoção das medidas como forma de “resguardar o policial e comprovar a correta abordagem, preservando a ação e as provas nelas colhidas”, além de citar que é algo adotado pelas polícias de outros países e até mesmo no Brasil.
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