Postos de combustíveis de Cuaibá cobram acima do patamar e consumidor faz fila

Aumento imediato de até 16,4% ou R$ 0,52 centavos por litro no preço no etanol em Cuiabá provocou reações dos consumidores e corrida aos postos no início da manhã desta quarta-feira, 1º. O biocombustível está sendo vendido no varejo local por até R$ 3,69 (l), ante o preço mínimo anterior de R$ 3,17 (l). Ou seja, é 26 vezes mais alto nos postos da cidade.

O valor da gasolina, por sua vez, foi majorado em até R$ 0,60 centavos (l) ou 12% com a reoneração dos tributos federais. O aumento que chegou para os consumidores residentes na Capital mato-grossense é, portanto, quase o dobro do valor previsto pelo governo federal para a gasolina.

A gasolina que era encontrada por R$ 4,99 (l) chega a custar atualmente 5,59 (l).

Na tentativa de evitar uma sobrecarga ainda maior nas despesas deste mês, a médica veterinária Marília Arruda Souza, 45, entrou na fila para abastecer o carro na manhã desta quarta-feira, em Cuiabá. Pedi para completar e enchi o tanque com etanol. Ainda encontrei a R$ 3,17 (l), mas o frentista confirmou que seria reajustado, explicou.

À tarde, muitos postos já ostentavam os novos preços.

Na terça-feira, 28, o governo federal confirmou a reoneração do etanol em R$ 0,02 centavos (l) a partir de 1º de março, quando findou a prorrogação da redução de tributos federais (PIS/Cofins e Cide) incidentes sobre o etanol e a gasolina.

Com o retorno da cobrança tributária, o preço do litro da gasolina ficou R$ 0,47 centavos mais caro em todo o país. Segundo afirmou, contudo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a redução de preço na Petrobras provocou efeito de um saldo líquido para a gasolina de R$ 0,34 centavos (l).

Também nesta quarta-feira, 1º, a Petrobras reduziu o preço da gasolina nas refinarias em R$ 0,13 centavos (l) ou 3,9%, recuando da média de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro. Houve redução, ainda, no preço do diesel, que passou de R$ 4,10 para R$ 4,02 por litro, corte de R$ 0,08 centavos (l) ou 1,9%.

Diretor-executivo do Sindicato Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetróleo), Nelson Soares reforça que o retorno da cobrança tributária federal provoca impacto de acréscimo de R$ 0,34 (l) na gasolina, considerando a reoneração de R$ 0,47 centavos (l) menos a redução de R$ 0,13 centavos (l). No caso do etanol, o acréscimo será de R$ 0,02 centavos (l). Segundo ele, a mudança nos preços já está sendo repassada pelas distribuidoras.