Abílio: assessor de Emanuelzinho recebeu dinheiro da Saúde O servidor é apontado como sócio administrativo da CBA Farma, que recebeu R$ 66 mil da Prefeitura

O deputado federal Abílio Brunini (PL) acusou o secretário parlamentar do deputado Emanuelzinho (MDB), Leandro Oliveira Barbosa, de ser sócio da empresa CBA Farma que, segundo ele, recebeu pagamento da Prefeitura de Cuiabá sem licitação.

Não tem nem contrato. Não tem nada publicado no Portal Transparência. A gente foi descobrir isso por causa de denúncia

A denúncia foi encaminhada para a ouvidoria da Câmara Federal, já que é ilegal um servidor exercer função de sócio administrativo em empresas privadas.

Ele também disse que encaminhou o fato para o Ministério Público Estadual (MPE), e pediu averiguação sobre a falta de contrato no Portal Transparência da prefeitura.

Abílio disse que a empresa distribui produtos nutricionais e farmacêuticos. “O Leandro Barbosa é secretário parlamentar. Nessa função, ele é proibido de ser sócio administrador de empresas, ele poderia até ser sócio, mas não sócio-administrador”, disse.

Segundo apurou a reportagem, consta nas despesas da Prefeitura de Cuiabá que a empresa recebeu mais de R$ 66 mil da Secretaria Municipal de Saúde. No entanto, na área de contratos e licitações, não aparece nenhum registro.

“Não tem nem contrato. Não tem nada publicado no Portal Transparência. A gente foi descobrir por causa de uma denúncia e, apurando essas informações, vimos os pagamentos, mas não tem contrato”, afirmou.

Abílio ainda criticou o colega de bancada e declarou que Emanuelzinho faz parte dos problemas que a Saúde de Cuiabá vem enfrentando durante a gestão de seu pai Emanuel Pinheiro.

Ele lembrou que o colega já foi citado na Operação Capistrum, pedindo à sua mãe, a primeira-dama Márcia Pinheiro, um cargo na Secretaria Municipal de Assistência Social.

“O Emanuelzinho é parte do problema da Saúde de Cuiabá. Ele nunca foi parte da solução... Tem áudio dele pedindo cargo no cabidão da Prefeitura. Então, ele é parte do problema”, disse.