"Saúde virou terra de ninguém; intervenção estancará corrupção” Paulo Araujo falou sobre segunda fase da Operação Hypnos e defendeu retorno da intervenção na Saúde
O deputado estadual Paulo Araujo (PP) voltou a defender a intervenção estadual na Saúde de Cuiabá após a deflagração da segunda fase da Operação Hypnos, nesta quarta-feira (8).
A votação da medida ocorre na tarde desta quinta-feira (9), no Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Até o momento, cinco dos 13 desembargadores já foram favoráveis ao retorno da intervenção.
Para Araujo, enquanto a Saúde não deixar de ser comandada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), os escândalos de corrupção não irão parar.
“Vão esperar morrer mais pessoas para decretar a intervenção? Não tem mais o que discutir. Lá [Saúde] virou terra de ninguém. O município perdeu completamente a condição de gerir o sistema pública de saúde”, disse.
“Se a saúde permanecer mais um dia sob a gestão do município, mais vidas serão ceifadas, infelizmente. Vidas de todo o Estado de Mato Grosso”, acrescentou.
Segundo o parlamentar, a corrupção sistêmica na Saúde da Capital chegou ao ponto de “colapso”.
Colapsou. Não só sob o ponto de vista de planejamento assistencial, mas do ponto de vista de corrupção
“Colapsou. Não só sob o ponto de vista de planejamento assistencial, mas do ponto de vista de corrupção. Não pense você que irá parar. Porque um [acusado] vai dedando o outro, que deda o outro... Quantos servidores não foram presos? Quantos secretários não foram afastados? Vai esperar mais o quê?", questionou.
“Estamos aguardando ansiosamente a decisão de hoje do Tribunal de Justiça, que, com certeza, terá a finalidade de estancar a corrupção no município de Cuiabá e salvar vidas em Mato Grosso”, completou.
A operação
A segunda fase da Operação Hypnos, da Polícia Civil, visava cumprir dois mandados de prisão preventiva, três afastamentos de cargos e diversas medidas cautelares contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa.
A quadrilha é suspeita de desviaram R$ 3,2 milhões em compras fraudadas de medicamentos, em 2021, durante a pandemia da Covid-19. Entre os presos, está Eduardo Pereira Vasconcelos, o ex-diretor da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).
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