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Quarta - 15 de Março de 2023 às 14:27
Por: Allan Mesquita/Gazeta Digital

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Atualizada às 14h09 - A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, na tarde desta quarta-feira (15), com 20 votos favoráveis e dois contrários - o decreto de intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá. Uma ausência foi constatada na sessão que aprovou o texto assinado pelo governador Mauro Mendes.

Deputados estaduais votam nesta quarta-feira (15) o decreto que determina a intervenção do governo do Estado na Saúde de Cuiabá. O documento foi assinado pelo governador Mauro Mendes (União Brasil) e recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).


A intervenção da saúde de Cuiabá foi determinada em decisão colegiada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso na última quinta-feira (09), após pedido do Ministério Público do Estado, que apontou diversas irregularidades na gestão municipal da saúde, como falta de médicos e remédios.


O documento decreta a intervenção na Secretaria de Saúde de Cuiabá e Empresa Cuiabana de Saúde até o dia 12 de junho de 2023, com a finalidade de reorganizar a administração do setor e cumprir decisões judiciais que determinam a realização de cirurgias, disponibilização de consultas e medicamentos, entre outras demandas reprimidas da saúde pública municipal.


Discussão
Atualizada às 13h14 - A matéria foi colocada em votação no fim da manhã. No momento os parlamentares fazem a discussão da matéria. O presidente da Casa de Leis, deputado Eduardo Botelho (União), pediu que os parlamentares não transformassem a discussão em uma “batalha política”. “Vamos procurar nos ater a solução, não vamos politizar esse assunto, não vamos fazer aqui um campo de batalha em cima disso”, disse.


Ao utilizar a tribuna, o deputado Wilson Santos (PSB), que já foi prefeito de Cuiabá, afirmou que o caos na Saúde de Cuiabá é resultado do desmonte da atenção básica. “A atenção básica não vem recebendo a atenção que precisa, por isso acaba desabando nas unidades de urgência e emergência. Esta é uma das raízes da saúde pública de Cuiabá. Não é falta de dinheiro, a saúde de Cuiabá tem R$ 1 bilhão”, disse.


Já o deputado Juca do Guaraná (MDB), que é aliado do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), tentou minimizar o problema ao rechaçar a intervenção. O emedebista afirmou que o problema se arrasta de gestões anteriores e também afeta outras cidades.


“50% dos leitos do HMC são do interior do Estado de Mato Grosso. Tive o privilégio de ser vereador por 10 anos, recebi ligações meia noite, duas horas da manhã, de pessoas pedindo uma vaga no hospital, na UTI. Precisamos melhorar não só a Saúde de Cuiabá, mas como todo o Estado”, descreveu.






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