Operação da PF desmonta garimpo ilegal em terra indígena em MT Máquinas utilizadas na atividade ilegal serão apreendidas e destinadas aos órgãos públicos e às prefeituras dos municípios vizinhos à área degradada, conforme determinação judicial.
A Polícia Federal desenvolve, nesta terça-feira (21), mais uma fase da operação Operação Alfeu, com objetivo de reprimir a atividade criminosa de extração ilegal de ouro e de usurpação de bens da União em toda a extensão da Terra Indígena Sararé, na região de Pontes e Lacerda (MT).
Segundo a PF, nesta fase, as máquinas utilizadas na atividade ilegal, caso estejam em boas condições, serão apreendidas e destinadas aos órgãos públicos e às prefeituras dos municípios vizinhos à área degradada, conforme determinação judicial. Os equipamentos sem valor monetário ou de impossível remoção serão destruídos
A Polícia Federal busca também ganhar elementos para prosseguir com as investigações criminais, a fim de identificar os financiadores do crime, além de descapitalizar a organização criminosa que, ao atuar dentro da Terra Indígena Sararé, tem causa danos ambientais irreversíveis.
A ação foi deflagrada de forma simultânea e coordenada com operações do Exército Brasileiro (Operação Ágata), Polícia Militar Ambiental e Funai.
Polícia desmonta garimpo na Terra Indígena Sararé — Foto: Polícia Federal
A operação
Na região da Terra Indígena, a Polícia Federal realizou várias fases da operação. A primeira foi em maio de 2020, quando policiais desocuparam um garimpo ilegal de ouro na região. Porém, após a saída das equipes, os garimpeiros invadiram o local novamente.
A segunda etapa foi deflagrada em março de 2021 e apreendeu instrumentos usados na exploração clandestina. A desocupação foi determinada pela Justiça de Cáceres, e foi realizada por 50 policiais federais e mais de 100 militares do Exército Brasileiro.
Por imagens de satélite, a Polícia Federal constatou que a região continuava sendo degradada e foi realizada, então, a terceira fase da operação em setembro. A ação contou com apoio do Ibama, da Força Nacional, do Exército Brasileiro, da Polícia Rodoviária Federal e da Funai, envolvendo aproximadamente 100 servidores. Drones também foram utilizados.
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