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Economia
Quarta - 22 de Março de 2023 às 09:52
Por: R7 Notícias

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A situação financeira adversa e a disparada do endividamento das famílias fez com que somente um terço (32%) dos brasileiros conseguisse economizar parte da renda no ano passado.

Ainda que baixo, o percentual representa um crescimento em relação a 2021, quando 27% da população guardou parte do que recebeu.

Os dados são do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), em parceria com o Instituto Datafolha.


De acordo com o levantamento, as classes A e B foram as que mais conseguiram economizar no ano passado, com mais da metade dos consumidores (52%) na situação.

Na sequência, aparecem os membros das classes C (31%) e D e E (16%).

Marcelo Billi, superintendente de educação da Anbima, vê os dados da pesquisa como positivos. "Mais brasileiros conseguiram organizar melhor o seu orçamento no ano passado em relação ao que vimos em 2021, e esse movimento aconteceu em todas as classes sociais", avalia ele.

Forma de economizar


Segundo o estudo, a diminuição dos gastos e a redução de saídas foram as atitudes mais tomadas pelas pessoas que economizaram em 2022, com 44% das citações. O percentual é semelhante ao registrado no ano anterior.

Todas as outras formas de economizar, como evitar compras desnecessárias (24%), controlar melhor as despesas (20%), guardar uma parte do salário todo mês (15%), registraram aumento na mesma base de comparação.


Destino da grana


A aplicação em produtos financeiros, como poupança, previdência privada, fundos, ações, entre outros, foi o principal destino do dinheiro economizado no ano passado, com 38% das respostas, a mesma proporção de 2021.

Entre os que dizem ter economizado, 13% mantêm o dinheiro guardado e ainda não fizeram nada com o valor. De acordo com a pesquisa, o comportamento é semelhante em todas as classes de renda.

"O percentual de pessoas que não fizeram nada com o dinheiro guardado chama atenção e mostra como a educação financeira tem um papel importante para tentarmos mudar esse comportamento”, afirma Billi.

O uso das economias para aquisições também foi lembrado. Entre os entrevistados, 7% compraram imóveis ou terrenos e 6% usaram o dinheiro na compra de um veículo. Há ainda quem gastou com despesas domésticas (8%), pagou dívidas (6%) ou investiu em um negócio próprio (5%).





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