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Economia
Sábado - 22 de Abril de 2023 às 09:30
Por: Silvana Ribas/Gazeta Digital

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Agência Brasil

Cartão de crédito continua sendo o “vilão” do endividamento, com participação de 81,2% no volume de dívidas dos consumidores, revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada pela Federação do

Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio). Comparado com igual intervalo de 2022, houve aumento no endividamento por este instrumento de pagamento eletrônico, sendo que em março do ano passado 75,3% das famílias residentes em Cuiabá possuíam este tipo de dívida.


Entre os consumidores residentes na Capital mato-grossense com renda acima de dez salários mínimos, 92,8% têm débitos contraídos com o cartão de crédito.


A proporção entre a parcela de consumidores com renda abaixo de dez salários mínimos é menor e chega a 80%. Na tentativa de diminuir o endividamento e inadimplência com esse meio de pagamento, os bancos se comprometeram a entregar ao Ministério da Fazenda um estudo sobre as causas dos juros altos no rotativo do cartão de crédito, que é um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento, informa
a Serasa.

O exemplo mais conhecido é o pagamento do valor mínimo da fatura, mas o rotativo aparece quando um consumidor paga qualquer quantia menor que o valor integral. A diferença entre o valor total e o que foi efetivamente pago até o vencimento se transforma em um empréstimo. Por conta disso, passam a ser aplicados juros sobre o que faltou pagar.


O problema é que os juros do crédito rotativo estão entre os mais altos do mercado. Para se ter ideia, a taxa de juros do crédito rotativo chegou a 409,3% ao ano no fim de 2022, nível mais elevado da série estatística do Banco Central (BC),
que começou em 2012. Atualmente as taxas de juros estão em torno de 417,4% ao ano, segundo o BC.


“Estávamos com 4 ou 5 CEOs (presidentes-executivos) de bancos, não só a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Vamos envolver o Banco Central nas discussões. Eles vão entregar um cronograma de apresentação de um estudo (para os juros do rotativo). Eu pedi celeridade, eles pediram para envolver o BC porque tem a regulamentação do produto”, afirmou
o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião para debater o assunto na última segunda-feira, 17, no Ministério da Fazenda.





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