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Segunda - 24 de Abril de 2023 às 06:49
Por: Elayne Mendes/Gazeta Digital

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Por dia, 6 pessoas foram dadas como desaparecidas em Mato Grosso, em 2022. Média superada no primeiro trimestre deste ano, quando a Polícia Civil (PJC) recebeu pelo menos 7 registros diariamente.


A faixa etária dos 35 aos 64 anos é a com maior incidência, seguida de crianças e adolescentes entre 12 a 17 anos. Apesar da maioria das buscas ser concluída com êxito, famílias que passam anos em buscas relatam a angústia diária de lidar com a ausência da pessoa amada.


O vereador e empresário do ramo de transporte, Eleus Amorim, luta pela causa das pessoas que possuem familiares desaparecidos. O parlamentar tem um irmão desaparecido há 35 anos. Lembra que a última vez que viu Paulo Vieira de Amorim ele estava entrando na caminhonete, após carregá-la com materiais de trabalho.

“Ele estava perto de completar 28 anos. Lembro como se fosse hoje, era dia 15 de novembro de 1987, ele pegando as coisas e saindo de casa, sentido Peixoto de Azevedo. Ele trabalhava com garimpo e foi a última vez que o vi”.


Eleus conta que na época as buscas por pessoas desaparecidas era mais complexa, pois não havia internet e todos os meios de comunicação que existem atualmente. A família chegou a registrar um boletim de ocorrência, mas pouco teve retorno da polícia. “Somos em 7 irmãos e nos juntamos para procurá-lo. Infelizmente, todos os esforços foram em vão. Nunca o encontramos ou tivemos qualquer pista de sua localização”.


De um caso pessoal, para uma luta social, Eleus tirou da sua dor forças para ajudar as outras famílias. Atualmente, ele possui 18 caminhões adesivados com fotos domenino Flavinho, sendo uma de quando ele tinha dois anos e outra com uma reconstrução de como estaria atualmente. Além disso, outros 5 caminhões levam a foto de Samuel Victor da Silva Gomes
Carvalho, desaparecido em Rondonópolis, desde outubro de 2019, quando tinha 6 anos de idade.


“Os caminhões são outdoors ambulantes e ajudam muito. Inclusive, esse é um pedido que tenho feito aos colegas de
transportadoras, que disponibilizem espaços nos caminhões para divulgarmos as imagens de pessoas desaparecidas. Precisamos ajudar essas famílias com as ferramentas que temos”.





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