Estado ocupa a 7ª colocação no ranking de criação de peixes
Mato Grosso está entre os 10 maiores produtores de peixes de cultivo do Brasil. Ocupando a 7ª posição no ranking nacional, o Estado disponibilizou ao mercado consumidor 42.800 toneladas de pescado em 2022, informa a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). A produção mato-grossense representa 5% do volume de pescado produzido no país no último ano, quando alcançou 860.355 (t), detalha levantamento exclusivo da Peixe BR, divulgado por meio do Anuário 2022. Entre as espécies de peixes cultivados localmente está a tilápia, que lidera no país com participação de 64% do valor total do pescado. No último ano, foram produzidas 550 mil (t) de um total de 860,4 mil (t), informa a Peixe BR.
Para manter este protagonismo da tilapicultura alguns cuidados são necessários. Alimentação balanceada é primordial para garantir o peso do peixe, avisa a bióloga, engenheira ambiental e gerente de novos negócios na empresa Superbac, Monique Zorzim. Quanto mais rápida e com qualidade for a dieta, as tilápias alcançam o peso ideal para venda. Para isso, o controle e a biometria nos tanques devem ser realizados semanalmente e são de suma importância para ajustar a alimentação conforme os índices.
É preciso estar atento também à qualidade da água, bem como ao nível de oxigênio. O PH precisa ser neutro, cerca de 7, a fim de não elevar o teor de amônia, que pode ser fatal. O criador deve manter a temperatura da água conforme estabelecido para cada fase produtiva. Outra dica é monitorar a salinidade e transparência da água, que deve alcançar de 25 a 35 centímetros de profundidade.
Para bons resultados na tilapicultura é importante investir em sistema de aeração, ele garantirá oxigênio disponível para os peixes durante o cultivo, sendo ideal que o produtor acompanhe o oxigênio dos tanques várias vezes ao dia para saber o melhor momento de ligá-los. Um tanque bem oxigenado garantirá melhores índices produtivos, menor acumulo de detritos e proliferação de doenças.
É importante respeitar a quantidade de peixes por metro cúbico de água, para que não haja esgotamento do oxigênio mais rápido que a reposição dele. A superlotação também pode provocar estresse nos peixes, prejudicando o sistema imunológico.
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