Um ano após queda de penhasco, motorista ainda tem sequelas Daniel Francisco Sales já passou por nove cirurgias e ficou três vezes internado no HMC
Um ano após o acidente no Portão do Inferno, na MT-251, em Chapada dos Guimarães, o motorista Daniel Francisco Sales, de 66 anos, ainda sofre com as sequelas da queda.
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que, em uma curva do trecho, no dia 4 de maio de 2022, o caminhão carregado com galões de água mineral dirigido por Daniel ficou sem freio e despencou de uma altura de mais de 60 metros.
Depois de ter passado três meses internado e com nove procedimentos cirúrgicos, o motorista está mais uma vez internado no Hospital Municipal de Cuiabá.
“Já fiz todas as [cirurgias] que tinha que fazer, agora estou só esperando o dia da alta mesmo, mas tô internado aqui ainda”, disse ele em entrevista ao programa MT1, da Centro América.
Motorista há décadas e sem receber nenhum tipo de seguro ou indenização, Daniel não conseguiu trabalhar desde o acidente. Agora ele e a esposa, Vera Lúcia Ramalha, de 55 anos, sobrevivem com um salário mínimo.
“Trabalhar até hoje não consegui nada ainda. Hoje estou dependendo da mulher que trabalha, não tem outro jeito”, disse.
“É difícil, o que a gente ganha é muito pouco, um só salário mínimo”, afirmou.
Independente dos percalços que o acidente que por pouco não tirou sua vida lhe causaram, ele agradece por ter sobrevivido.
“Eu quase todo dia olho essas imagens [...] e dou Graças a Deus eu ter nascido de novo”, disse.
Daniel ter sobrevivido à queda surpreendeu até mesmo a equipe que participou do resgate.
O comandante do Batalhão de Trânsito Urbano e Rodoviário da PM, tenente-coronel Adão César Rodrigues Silva, disse ter se surpreendido com as imagens do acidente.
“Mas graças a Deus, pela mão divina o motorista está com vida. Mas são imagens que nos impressionam bastante”, disse.
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