Comissão contra Cattani corre risco de ficar para pós-recesso
Apesar da pressão intensa de entidades e dos desgastes ao Legislativo, o processo que vai investigar o deputado Gilberto Cattani (PL) por quebra de decoro ao comparar a gestação de mulheres com a de vacas pode ser concluído somente após o recesso parlamentar de julho.
De acordo com o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PDB), a investigação e esclarecimentos deve durar 60 dias.
“Há uma pressão muito dura sobre isso, mas não é isso que deve mover nenhum dos deputados. A Comissão vai ter que fazer o estudo e ver qual vai ser a punição. Eu não acredito que isso seja resolvido antes do recesso parlamentar, deve durar uns 60 dias”, disse.
De acordo com o parlamentar, os 4 blocos da Casa de Leis devem indicar os 5 nomes para compor a Comissão de Ética que ficará responsável por apurar a conduta do parlamentar. Depois disso, será feita a definição do parlamentar que ficará responsável por presidir os trabalhos.
Cattani será julgado após comparar a gestação de mulheres à de vacas durante reunião de abertura da Frente Parlamentar Contra o Aborto Pró-Vida. Após a fala, deputado gravou vídeo se desculpando com vacas em tom de ironia pela repercussão negativa do fato.
Para a imprensa, a presidente em exercício do Parlamento Estadual, Janaina Riva (MDB), defendeu que o processo seja concluído de forma acelerada, para evitar mais desgastes.
“Eu acredito que isso não fique para depois do recesso, até mesmo porque a gente não quer delongar esse tema dentro na Comissão. É muito desgastante para Comissão e para o próprio deputado”, defendeu.
Veja o vídeo
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