Senadora diz que reforma tributária afugenta empresas de MT Congressista diz que texto beneficia sul e sudeste; Estado perde arrecadação se texto for aprovado
A senadora Margareth Buzetti (PSD) afirmou que caso o texto original da Reforma Tributária seja aprovada no Congresso Nacional afugentará investidores e empresas já instaladas em Mato Grosso.
Entre as polêmicas do texto, está a mudança na política de incentivos fiscais e a forma de tributação do ICMS, que deixaria de ocorrer no local da produção e passaria a ser onde há o consumo.
Por conta disso, especialistas apontam que acabaria com a “guerra fiscal”, como é chamado fornecimento de incentivos fiscais dados por Estados e Municípios para atrair empresas.
Buzetti apontou que Mato Grosso é distante dos grandes centros consumidores e por isso, logisticamente inviável para o empreendedor, que vem para o Estado atraído pelos incentivos.
“Sem essa reforma tributária, manter uma empresa em Mato Grosso é sustentável. Com a reforma tributária, é insustentável. Eles acham que uma fábrica de borracha vai estar no centro-oeste? Uma fábrica de tinta ou transformadores vai estar aqui em Cuiabá? Sendo que consumo está em outro lugar”, disse.
“A logística é melhor em outros lugares, e o imposto, conforme prevê a reforma, vai aonde é consumido. Não tem lógica” emendou.
Para a senadora o texto do Governo Federal favorece os Estado mais populosos, cujo o consumo é maiores. “Essa reforma favorece os Estados do sul e sudeste, Eu sou contra, e vou debater até o fim”, completou.
Buzetti ainda apontou que os estados produtores, como é o caso de Mato Grosso, saíram perdendo recursos.
“Da forma como ela está não existe reforma tributária, e sim aumento de carga e prejuízo para os estados produtores e com grandes diferenças regionais. Estou na Comissão de Assuntos Econômicos, vamos debater, e vou defender o Estado”, disse.
O governador Mauro Mendes (União) tem feito uma verdadeira peregrinação em Brasília para que haja modificações no texto. O governo ainda não tem uma estimativa de quanto o Estado perde se a reforma for aprovada.
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