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Terça - 13 de Junho de 2023 às 08:49

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A imagem de independência do Ministério Público Federal (MPF) vai continuar queimada ao que parece pelo sabor das articulações políticas em curso para a escolha do novo chefe da instituição.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ignorar, como fez o ex-presidente Bolsonaro (PL), a lista tríplice dos membros do Ministério Público Federal para a indicação do novo Procurador-Geral da República (PGR).

O favorito hoje, segundo o jornal O Globo, é o procurador Paulo Gustavo Gonet Branco, que ocupa atualmente o cargo de vice-procurador eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele tem apoio de peso: dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e o mato-grossense Gilmar Mendes, do qual é sócio fundador do Instituto Brasiliense de Direito Público.

Gonet deu parecer favorável para o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no TSE que pode condenar o ex-presidente à perda dos seus direitos políticos por oito anos. O Tribunal marcou para o dia 22 de junho o julgamento da ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que pode levá-lo à inelegibilidade neste período, colocando-o como carta fora do baralho da sucessão de Lula em 2026.

A ação será a única na pauta de julgamentos da Corte Eleitoral, com início marcado para às 9 horas. O Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou a favor da inelegibilidade do ex-presidente. A manifestação, assinada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, entregue em abril ao TSE.

Neurilan do MPF

Correndo por fora do favoritismo de Gonet, por fora da lista tríplice também, está o glorioso atual procurador-geral Augusto Aras, que na luta para se manter no poder busca apoio até no PT da Bahia, seu estado. Augusto Aras tenta disputar com Neurilan Fraga, eterno presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), o campeonato de perpetuação no poder. Neurilan Fraga disputa o quinto mandato de presidente da AMM, Augusto Aras quer o terceiro mandato de chefe do MPF.

A promessa de campanha de Aras é simples e direto ao ponto: promete ser fiel a Lula como foi com Bolsonaro. Ou seja, investigação zero, um presidente da República protegido pelo procurador-geral serviçal.

O presidente Lula já disse que quer um Procurador-Geral da República leal. Entre o novo Gonet e o velho Aras, que quer ser o Neurilan do MPF, o presidente Lula vai achar o que deseja: um PGR leal para chamar de seu. Leal, no caso, é sinônimo de submisso.

Assim está selado o destino da lista tríplice dos membros do Ministério Público Federal do Brasil. Vai Bolsonaro, vem Lula, o fim da lista será o mesmo: a lata de lixo.





Fonte: PNB Online

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