Mendes cita "evolução" e defende que pescador atue no turismo Governador criticou a possibilidade de mudança nas regras do auxílio aos profissionais
O governador Mauro Mendes (União) defendeu nesta quinta-feira (15) que pescadores atingidos pela Lei do Transporte Zero poderão encontrar fonte de renda em outras áreas, como o turismo de pesca.
A legislação aprovada em primeiro turno na Assembleia proíbe o transporte do pescado em Mato Grosso por cinco anos. A ideia da proposta é melhorar o estoque pesqueiro e fomentar o turismo de pesca no Estado.
O chefe do Executivo deu a declaração ao ser questionado sobre a queixa com o auxílio previsto na lei, que estabelece uma ajuda aos pescadores durante os três primeiros anos de vigência da norma: um salário mínimo no primeiro ano, metade no segundo e 25% no terceiro.
“Hoje quem trabalha no turismo de pesca ganha muito mais, a geração de emprego é muito maior. A evolução acontece, precisa acontecer. Os peixes no rio estão acabando, todo mundo sabe. É uma verdade constatada por estudos, qualquer um que vai na beira do rio sabe disso”.
“Veja bem, [os pescadores] querem e têm oportunidade para trabalhar em outras áreas. Quer pescar até acabar? Não tem problema nenhum. Agora eu, como governador, tenho responsabilidade”.
“Se eu enxergo um problema, tenho que tomar uma atitude. Tomamos atitude e a palavra está com a Assembleia, porque ela tem responsabilidade. Acredito que no final a maioria vai aprovar esse projeto de forma responsável”, conclui.
Evolução
O governador afirmou ainda que, com o tempo, algumas profissões deixam de existir por causa da evolução nos setores.
“Lembra quando tinha orelhão de ficha? Muita gente trabalhava naquele serviço recolhendo fichas de orelhão. Teríamos que ter orelhão até hoje para manter o emprego dessas pessoas?”, questionou.
Mendes disse ainda que o incremento no auxílio que o substitutivo do projeto pretende conceder aos pescadores colabora para a falta de mão de obra, já que, conforme ele, no Brasil sempre se está criando um auxílio e um subsídio.
“[O governo] Vai ter que dar esse salário para eles a vidas inteira? Temos que ter razoabilidade, não está tendo gente para trabalhar no Brasil. No Mato Grosso, as empreiteiras param porque não têm mão de obra”, disse.
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