Pescadores lotam frente da AL; Botelho explica rito de votação Projeto pretende proibir o transporte e comercialização de pescados nos rios pelos próximos cinco anos

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), inicia nesta quarta-feira (28) a segunda etapa da votação do Projeto de Lei da Pesca, que pretende proibir o armazenamento, transporte e a venda de peixes nos rios de Mato Grosso por cinco anos.

Um grupos de pescadores contra o projeto lotaram a frente da Assembleia Legislativa desde as primeiras horas da manhã. Eles carregam cartazes e gritam frases como: “Pescador não quer esmola”.

Parte deles puderam entrar na galeria da Casa de Leis e vão acompanhar a votação da medida. Eles estão munidos de apitos e cartazes.

À imprensa, Botelho explicou que, primeiramente, o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Julio Campos (União), entregará o projeto em plenário. A medida deve ser aprovada na comissão.

Na sequência, os deputados poderão votar, mas sem possibilidade de pedir vista – que é o adiamento da votação para melhor análise do projeto. Isso porque, a medida tramite em regime de urgência, urgentissíma.

Se houver pedido de vista, não vou conceder. Se fôssemos cumprir o regime de urgência urgentíssima, teria sido votado há muito tempo

“O presidente da CCJ pode levar o parecer pronto pela aprovação ou reprovação do projeto. Se ele não fez [reprovação do projeto], vai chamar os deputados para emitir voto”, explicou Botelho.

“Se houver pedido de vista, não vou conceder. Se fôssemos cumprir o regime de urgência, urgentíssima, teria sido votado há muito tempo. Fiz um acordo com o Colégio de Líderes que a votação final seria dia 28, que eu não abriria mão disso”, acrescentou.

Botelho ainda disse que, mesmo com as manifestações de contrários ao projeto, a votação será feita no plenário, sem possibilidade de uma "votação secreta" no Colégio de Líderes.

“Não existe possibilidade de fazer votação no Colégio de Líderes. O deputado tem que entender que está lá para receber aplauso e vaia. A menos que esteja atrapalhando a vaia dele, podemos pedir silêncio”, completou.

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