Prints mostram conversa de Edna e ex-servidora em tratativas de demissão
Capturas de tela das conversas trocadas entre a vereadora por Cuiabá Edna Sampaio (PT) e sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu, detalham a dinâmica da demissão da servidora. Imagens revelam comportamento adotado por ambas e momentos de crise durante todo o processo demissional e exposição do caso na mídia.
O Portal Gazeta Digital teve acesso aos prints, que vieram à tona na tarde desta quarta-feira (28) durante depoimento da vereadora à Comissão de Ética da Câmara Municipal.
Edna Sampaio foi ouvida pelo vereadores após contexto da demissão de Laura Abreu suscitar dúvidas sobre eventual pagamento de rachadinha no gabinete por meio de Verba Indenizatória (VI).
Capturas de tela mostram que conversa sobre demissão teve início em 21 de dezembro de 2022. No dia 23 daquele ano, vereadora falou para Lauro que estava "vendo questão de sua indenização", mas adiantou que o valor atribuído a chefe de gabinete seria retirado do salário que Edna abriu mão de receber enquanto parlamentar.
Conversa se estende por alguns dias até que em 20 de janeiro de 2023 Laura contou para a vereadora que não havia sido bem tratada por uma das pessoas dos Recursos Humanos que estava lidando com o caso ao questionar sobre qual exame deveria apresentar.
"Eu disse que não sabia porque nunca passei por um processo desses de ser mandada embora grávida e receber indenização", disse Laura. Chefe de gabinete então deu mais detalhes sobre como foi a interação com o RH e disse que iria procurar a delegacia do trabalho por ter dúvidas sobre a forma como o processo estava sendo conduzido.
Após um intervalo na conversa, Laura pediu em 7 de fevereiro mais tempo à vereadora quanto ao fim de sua cessão à Câmara. Pedido se deu pelo fato de que, caso retornasse naquele momento, Laura seria encaminhada para sua antiga função na cozinha, o que poderia prejudicar sua gravidez.
Em 28 de fevereiro, vereadora retorna a conversa com Laura lamentando a exposição da ex-chefe de gabinete na mídia. No diálogo, a petista aponta que toda situação teria começado após pedido de cassação do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
"Isso aí é coisa da turma do prefeito por causa do pedido de cassação do mandato dele que apresentei", diz Edna sobre vazamento de conversas sobre transferência de Verba Indenizatória.
Laura então revela que várias pessoas a procuraram para falar sobre a suspeita de rachadinha, ocasião em que a vereadora afirmou ter tentado não expor a ex-chefe de gabinete.
No início de março, ambas voltaram a falar sobre o caso e Laura disse "não vou contribuir para essa história crescer mais". Edna então disse que enfrentaria a situação e atrelou a polêmica ao fato de ser filiada ao PT, "imagino, é gostoso destruir uma petista... rsrs".
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