Michelly: Edna foi evasiva e ainda tem "muito o que explicar" Alvo de uma sindicância, vereadora petista foi ouvida nesta quarta-feira na Comissão de Ética da Câmara

A vereadora Michelly Alencar (União) considerou que a vereadora Edna Sampaio (PT) não respondeu satisfatoriamente boa parte das perguntas feitas durante a oitiva da comissão que investiga o caso de uma suposta “rachadinha” no gabinete da petista, nesta quarta-feira (28).

Edna está sendo investigada pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que abriu investigação para apurar a denúncia de que a ex-chefe de seu gabinete, Laura Natasha de Oliveira, repassava sua verba indenizatória para uma conta da petista.

Na semana passada, Laura confirmou à comissão que repassava mensalmente R$ 5 mil para tal conta.

Nesta quarta, a comissão realizou a oitiva de Edna, que foi acompanhada por apoiadores e pelo advogado dela, o ex-juiz federal Julier Sebastião.

Michelly Alencar, que recentemente pediu o afastamento da petista da Comissão de Direitos das Mulheres, considerou Edna evasiva nas respostas.

“A vereadora teve total liberdade para esclarecer os fatos. E a gente sente que nossas perguntas não foram respondidas. Não foi nada objetivo. Ainda tem bastante o que explicar. O mais importante não ficou claro”, pontuou, referindo-se ao fato de que a petista teria usado o dinheiro que era destinado às despesas da chefe de gabinete.

Sem viés

Michelly também destacou que a Comissão não pretende prejudicar nenhum partido, sendo livre de viés ideológico e tendo como objetivo a investigação do caso.

“Jamais esse caso foi sobre ideologia. Estou aqui para fazer questionamentos que cabem aos vereadores dentro dessa comissão. A Comissão de Ética abriu espaço para os vereadores contribuírem”.

“Se fosse o vereador de qualquer partido ali [sendo investigado], as perguntas seriam as mesmas, porque têm o objetivo de esclarecer os fatos. Nada tem a ver com ideologia. Não é nada contra ninguém, são vereadores que querem esclarecer os fatos. E ficou muito a desejar, porque muitas perguntas não foram respondidas”, afirmou.

A sindicância da Comissão de Ética pode levar à cassação de Edna.