Batata vira vilã da cesta básica cuiabana na reta final de junho Conjunto de alimentos básicos atingiu o valor médio de R$ 763,58, contra os R$ 758,70 da semana anterior
O custo da cesta básica, em Cuiabá, apresentou a segunda semana consecutiva de alta.
Conforme levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), o conjunto de alimentos básicos atingiu o valor médio de R$ 763,58, contra os R$ 758,70 verificados na semana anterior.
A variação semanal de 0,64% foi causada, principalmente, pela forte alta no preço da batata, que apresentou crescimento de 18,94% e registra a quarta alta semanal seguida entre os principais itens que compõem a cesta.
O tubérculo, que custa em média R$ 7,41/kg, está com preço 13,81% superior em relação ao mesmo período do ano passado.
A batata está em período de entressafra, o que diminui a oferta, além da ocorrência de chuvas nas regiões produtoras, que prejudicam a sua colheita, o que pode ter levado a um encarecimento do produto nos mercados.
O superintendente da Fecomércio/MT, Igor Cunha, destacou o impacto da alta da batata no preço da cesta em Cuiabá.
“Mesmo com a queda no valor de sete alimentos nesta semana, a cesta básica mostra um crescimento muito ligado à batata, o que não indica um cenário de crescimento geral para a cesta na Capital, concentrado em alguns alimentos apenas”, disse.
Também sofrendo com o impacto da entressafra, a produção de leite apresentou alta semanal de 1,43%, uma vez que, com os pastos mais secos, o animal passa a se alimentar majoritariamente de ração, o que acaba por resultar em um custo de produção elevado e, consequentemente, aumento no preço do produto nas gôndolas.
Além disso, nos últimos anos, o leite e seus derivados têm exibido alta em seus preços, justamente pelo aumento nos custos de produção, como, por exemplo, a manteiga, com custo atual 85,88% maior que o observado no mesmo período do ano passado, em Cuiabá.
Ainda conforme o Instituto, sete dos 13 produtos que compõem a cesta apresentaram queda nos preços, entre eles o tomate, com recuo de 4%.
As temperaturas altas nas regiões produtoras têm favorecido na maturação do tomate, o que provocou uma intensificação na colheita da fruta, de modo a aumentar a disponibilidade do produto nos mercados.
A elevação no preço da cesta, nesta semana, fez com que o mantimento apresentasse um avanço de 9,08% em seu preço, no comparativo com o mesmo período do ano passado, quando custava R$ 700,02.
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