“Decisão do TSE foi sacanagem pura; estão a serviço do Lula” Apoiador do ex-presidente, Júlio Campos fez duras críticas ao entendimento da Corte Eleitoral
O deputado estadual Júlio Campos (União) elevou o tom e criticou o entendimento dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos.
O TSE decidiu na última sexta-feira (30) por 5 votos a 2 tornar Bolsonaro (PL) inelegível por abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação. O ex-presidente somente estará apto a se candidatar novamente em 2030, aos 75 anos, ficando afastado portanto de três eleições até lá.
“Sacanagem pura. Bandidagem do TSE. Outros presidentes fizeram coisas 100 vezes piores”, disse Júlio neste fim de semana ao ser questionados sobre a decisão.
O parlamentar apoiou a reeleição de Bolsonaro no pleito do ano passado. Segundo Júlio, que já atuou em Brasília como deputado federal e senador, o entendimento dos ministros da Corte Eleitoral tem viés político
“Nós sabemos que o TSE virou política. É um tribunal a serviço da esquerda, a serviço de Lula. E nós não concordamos com isso”, afirmou.
Sem perseguição
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, rebateu as críticas sobre a uma possível “perseguição” ao ex-presidente. "O Tribunal Superior Eleitoral em nada está inovando", disse.
Sacanagem pura. Bandidagem do TSE. Outros presidentes fizeram coisas 100 vezes piores
"O TSE está reiterando seu posicionamento consubstanciado em julgamento de inúmeras Aijes (ações do mesmo tipo que a ação sobre Bolsonaro).", afirmou.
A ação julgada teve como foco a reunião em julho do ano passado com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
O encontro ocorreu em periodo de pré-campanha e foi classifcada pelos ministros como "monólogo". Lá, Bolsonaro fez afirmações falsas e distorcidas sobre o processo eleitoral, alegando estar se baseando em dados oficiais, além de buscar desacreditar ministros do TSE.
O julgamento teve placar de cinco a dois, e o ex-presidente prometeu recorrer a sentença.
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