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Sexta - 07 de Julho de 2023 às 10:32
Por: Ulisses Lalio/Gazeta Digital

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O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), foi oficialmente acusado de comprar votos ao preço de R$ 50 reais nas eleições de 2020. As informações constam no relatório da Polícia Federal solicitado pela Justiça Eleitoral em ação que apura crimes eleitorais. O processo foi aberto pelo então candidato derrotado à Prefeitura de Cuiabá, deputado federal, Abílio Brunini (PL), contra a chapa do atual prefeito. Contudo, a PF não encontrou ligações entre os aliciadores de votos e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

A Polícia Federal ficou responsável por analisar 20 gigas de informações que constavam no telefone da ex-servidora da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Elaine Cristina Leite de Queiroz, presa em flagrante comprando votos. No documento, os técnicos concluíram que, apesar de apoiar o candidato Emanuel Pinheiro, não foi possível inferir que Elaine agia em nome de Emanuel para realizar compra de votos, apesar de apoiar o candidato, diz trecho da perícia.

Na contramão do prefeito, o relatório apontou que o vereador Chico 2000 manteve conversas diretas com a ex-servidora. Diferentemente ocorre ao analisar as mensagens trocadas com duas mulheres em que é possível inferir que Elaine agia em nome de Chico aliciando pessoas para vender seus votos e o valor seria de R$ 50 por pessoa, trouxe o documento.

A PF centrou esforços para analisar a troca de mensagens entre Elaine e outras pessoas do suposto grupo criminoso. Elaine agia em nome de Chico aliciando pessoas para vender seus votos. Há também indícios que o candidato Chico tinha conhecimento da atuação de Elaine, inclusive em suas conversas encaminhava áudios e contatos para que Elaine intermediasse o cadastro, argumentou a defesa de Brunini em suas alegações.

A PF destacou uma das conversas que demostram sérios indícios de crime eleitoral. Bonita, boa noite. Olha aqui gata, eu queria saber de você, quanto o Chico vai pagar pra votar nele e se já acabou o cadastro, porque eu tô com 10 pessoas pra cadastrar, até mais. Mas eu tenho que saber o valor, pra mim passar pra eles, pra eles mandarem os documentos pra mim. Porque ninguém quer me dar sem saber o valor., disse um dos contatos de Elaine.

Apesar de o processo ter sido iniciado no pós-campanha de 2020, a conclusão da quebra de sigilo telefônico e bancário da ex-servidora só foi entregue no mês de abril de 2023, pela Polícia Federal. O resultado da análise do celular trouxe aos autos mais de 22 gigas de mensagens de texto, áudios, vídeos e conversas do WhatsApp.

Outro Lado

A assessoria de imprensa do vereador não se manifestou sobre o pedido de resposta sobre o caso, até o fechamento dessa matéria.





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