Abin: produtor de MT seria "general" de movimento extremista Jornal teve acesso a documento elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência
O jornal O Globo divulgou nesta sexta-feira (7) informações sobre um relatório da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que aponta o produtor rural de Mato Grosso, Antonio Galvan, como "general" do Movimento Brasil Verde Amarelo, que teria incitado atos os antidemocráticos do dia 8 de janeiro em Brasília.
Na reportagem, o jornal informou que teve acesso a documentos sigilosos da Abin, que aponta que entre os supostos "articuladores dos atos intervencionistas" está um grupo formado por produtores rurais.
O grupo, segundo a Abin, tem à disposição “recursos econômicos para financiar transporte de manifestantes e ações extremistas”, como os que ocorreram durante a invasão dos Três Poderes na Capital Federal.
Ainda no material a que O Globo teve acesso, a Abin detalha a atuação do movimento, apontando que os integrantes “lideraram”, inclusive, os bloqueios de caminhoneiros em novembro de 2022, em Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Roraima.
Galvan, que é presidente da Aprosoja nacional e também foi candidato pelo PTB ao Senado em Mato Grosso, teria, conforme O Globo, usado a presidência da entidade ruralista para articular os atos antidemocráticos que questionavam a vitória do presidente Lula (PT) na eleição do ano passado.
O produtor rural chegou a ser alvo de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente apoiar atos golpistas e já foi alvo de mandado de busca e apreensão, em 2021.
Ao ser intimado para prestar depoimento à Polícia Federal, ele compareceu à sede da corporação em cima de um trator e cercado de manifestantes.
Em nota ao jornal, a Aprosoja disse desconhecer o conteúdo do documento e afirmou que não organizou nem financiou nenhuma das ações antidemocráticas. Galvan não quis se manifestar.
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