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Terça - 18 de Julho de 2023 às 12:14
Por: Enzo Três/Mídia News

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O vereador Luiz Fernando, que citou casos de corrupção na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro
O vereador Luiz Fernando, que citou casos de corrupção na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro

O vereador Luiz Fernando (Republicanos) defendeu a prisão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), como forma de combater a corrupção no Palácio Alencastro.

Na manhã desta segunda-feira (17), o ex-secretário adjunto de saúde, Luiz Gustavo Raboni Palma, foi preso na Operação Overpay, da Polícia Civil. A empresa dele, LG Med Servicos e Diagnósticos LTDA, teria recebido R$ 25,9 milhões para prestar serviços a quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Com a Overpay, Emanuel acumula 17 operações policiais relacionadas à sua gestão. Desse total, 13 investigaram irregularidades na Saúde.

Para Luiz Fernando, Emanuel é o "chefe" de uma máfia instalada na Prefeitura de Cuiabá.

“Seria sim [uma alternativa]. O mais importante de tudo é prender o cabeça dessa máfia dentro da Prefeitura e não vejo outro. Cuiabá não aguenta mais os casos de corrupção, de trapaças. Está muito claro de onde vem esse direcionamento”, afirmou ele em entrevista ao MidiaNews.

Para o vereador, Emanuel formou, por meio de cargos de influência, formado uma rede de apoio que o protege de investigações e punições judiciais.

O mais importante de tudo é prender o cabeça dessa máfia dentro da Prefeitura e não vejo outro

“Eu acredito que essa rede de apoio seria de pessoas de extrema confiança dele. Emanuel indicou pessoas na Prefeitura para satisfazer os próprios interesses, são verdadeiros fantoches. Ele tem uma base muito sólida que é conivente com o que vem acontecendo em Cuiabá”, disse.

“Ele sempre diz que o Secretário da Saúde, na verdade, é ele. Falo porque os secretários não tem autonomia. Aquela secretaria é fatiada. Nenhum deles, na minha opinião, teve autonomia para fazer diferente”, afirmou.

O vereador, porém, disse ter esperanças que as atuais investigações policiais, especialmente as do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), tragam resultados à Capital.

“O serviço de inteligência da Polícia tem acompanhado de perto com escutas telefônicas... Precisa-se que esse quebra-cabeça seja finalizado, encontrando o cabeça dessa quadrilha”, disse.

Vejo uma pessoa que vai ficar no esquecimento ou, se não chegar até lá, uma prisão

Futuro político de prefeito

Para Luiz Fernando, o futuro político de Emanuel acabará no esquecimento ou na prisão. Ele disse que até mesmo os aliados que compõem a base do prefeito o abandonarão assim que ele desocupar o cargo.

“A partir do momento que ele sair do poder, as próprias pessoas que estão do lado dele, usufruindo de todas essas benesses, vão o abandonar. Vejo uma pessoa que vai ficar no esquecimento ou, se não chegar até lá, uma prisão. É o que vejo pro futuro do atual prefeito”, afirmou.

“Os vereadores que fiscalizam, como é o meu caso, acreditam que Emanuel não termina o mandato. Se ele terminar o mandato ano que vem, está extremamente complicado, respondendo processos. A própria base vai reconhecer essas falcatruas e, provavelmente, ele vai pagar caro por tudo isso”, completou.





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