Veja quem são os secretários e empresário alvos de operação Polícia Civil diz que staff entrava em contato com o empresário e encomendava notas fiscais falsas
Duas secretárias municipais, um procurador e um empresário de Rio Branco foram alvos de mandados de prisão durante a Operação Corrupção Delivery, deflagrada na manhã desta quarta-feira (19) pela Polícia Civil. Até o momento apenas as secretárias foram presas.
Eles são suspeitos de associação criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de capitais.
As ordens de prisão foram expedidas contra as secretárias Marilia Pereira (Finanças), Kelly Elenice Freres Coqueiro (Administração) e o procurador e chefe de gabinete da Prefeitura, André da Conceição Paiva. Até o fechamento desta reportagem, somente ele ainda não havia sido encontrado pela Polícia.
Outra ordem prisão é contra o empresário Jussemar Rebuli Pinto, que já é investigado por um suposto esquema de fraude no concurso público da Prefeitura de Mirassol D’Oeste e o envolvimento na morte de um advogado de São José dos Quatro Marcos. Ele, porém, está foragido.
Além da prisão, os servidores municipais também foram afastados judicialmente de seus cargos.
Conforme a Polícia, em conluio o grupo teria desviado recursos da Prefeitura com o lançamento e pagamento de serviços não realizados por meio de notas fiscais emitidas pelas empresas de Jussemar.
Segundo as investigações, o esquema funcionava em uma espécie de sistema delivery, pois os envolvidos são acusados de entrar em contato via telefone com o empresário, encomendar a nota fiscal indicando o serviço e depois receber os valores na conta de terceiros.
Morte de advogado e descoberta
A Polícia Civil reuniu os primeiros indícios do esquema a partir de informações analisadas em um inquérito da Delegacia de São José dos Quatro Marcos, que apurou o homicídio do advogado e empresário Francisco de Assis da Silva, assassinado em 11 de outubro de 2021 naquela cidade.
Jussemar foi indiciado como mandante e preso preventivamente em decorrência das investigações do homicídio, sendo posteriormente solto mediante habeas corpus.
Na análise de conteúdo extraído de celular apreendido pela Polícia Civil, a equipe investigativa encontrou fatos que evidenciaram crimes contra a administração pública de Rio Branco. A Justiça autorizou o compartilhamento de informações do inquérito de São José dos Quatro Marcos com a Delegacia de Rio Branco.
Jussemar é proprietário ou sócio de diversas empresas que prestam serviços para prefeituras da região Oeste, inclusive a de Rio Branco.
A Polícia Civil apurou que ele atua no ramo de licitações e contratos com a administração púbica, prestando serviços, especialmente, em áreas ligadas a concursos públicos, serviços de engenharia, fornecimento de softwares, fornecimento/licenciamento de sistemas de gerenciamento de contabilidade, tesouraria, tributos, entre outros.
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