‘Por mim não vai sair nunca’, diz Jayme sobre possibilidade de Botelho deixar o União

Jayme Campos se posicionou de forma firme dizendo que faz questão que o deputado estadual Eduardo Botelho permaneça no União Brasil. Ele afirmou que sabe da determinação de Botelho em ser candidato a prefeito de Cuiabá no ano que vem, no União Brasil ou em outro partido, e espera que consigam dialogar para chegar em uma solução sobre o dilema entre o deputado federal Fábio Garcia e ele.

Em entrevista à Rádio Vila Real FM (98.3) Jayme afirmou que não acredita que Mauro já tenha decidido que Fábio Garcia será o candidato escolhido para disputar a Prefeitura da capital. O senador lembrou que o governador, por diversas vezes, manifestou que quer deixar este debate para 2024, ano das eleições, e Jayme disse que concorda. Ele não viu a indicação de Fábio Garcia para a Casa Civil como uma articulação para beneficiar o deputado federal.

“O Mauro convidou Fábio Garcia para ser secretário não foi na intenção de dar a ele a visibilidade para uma possível candidatura a prefeito, para o cargo de secretário-chefe da Casa Civil tem que ter alguns parâmetros. Tem que ter a confiança do governador, [...] o mauro convidou ele porque gosta do Fabinho. [...] Pode agregar em termos políticos para ele, em alguma coisa, na medida em que vai ficar mais em Cuiabá [...] mas é um cargo que tem que ter uma pessoa que se da bem”.

Jayme também defendeu que a escolha do candidato não deve ser imposta, já que “partido não tem dono” e não se constrói “de cima para baixo” porque senão estará “fadado ao fracasso”. Ele quer que a definição seja bastante discutida e espera que Botelho permaneça no partido.

“Eu acho que vamos chegar em um bom termo, está sendo conversado aos poucos, o que posso afirmar é que o Botelho está determinado, quer ser candidato a prefeito, seja pelo União Brasil, seja pelo PSD ou qualquer outro partido [...]. Eu faço questão absoluta que fique no partido, é meu amigo, entrou na politica por minhas mãos, [...] vamos chegar em um ponto que, com certeza, vai ser bom para todo mundo”.

O senador ainda pontuou que a disputa pela Prefeitura de Cuiabá não será fácil, e uma divisão no partido só trará prejuízos, com a divisão dos votos, o que pode acabar beneficiando candidatos como Abílio Brunini (PL), Lúdio Cabral (PT) ou outro que for apoiado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

“Emanuel Pinheiro, quem ele apoiar também tem seu valor, seu prestígio. Não subestime ele, quem ele apoiar aqui em Cuiabá, pode escrever, recebe de 15% a 20% [dos votos]. Prefeito por dois mandatos por Cuiabá, na pior crise vivenciada na vida dele, com dinheiro caindo no bolso que não sei se é verdade ou não, ganhou eleição”, lembrou Jayme.