Obra parada há 3 anos é retomada para receber ministra

Construção de prédio sistema prisional abandonada é retomada para receber visita da ministra Rosa Weber, na segunda-feira (24), em Cuiabá. Conforme apurado pelo Gazeta Dgital , local estava abandonado há 3 anos e já serviu como “cracolândia”. Edificação está localizado na região central, em frente ao Hospital Estadual Santa Casa.

Sem placa do Estado com informações da obra, o Gazeta Digital questionou a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). Em nota, a pasta informou que o local está sob responsabilidade do governo do Estado apenas há um ano e meio e que, durante esse período, não houve interrupções. Preço da construção é de R$ 970.535,47 e prazo para terminar é de 50 dias. Após conclusão, o prédio vai ser a Central de Penas Alternativas.

Já os comerciantes da região dizem o contrário. Conforme funcionária de uma farmácia que fica em frente ao local, o prédio inacabado estava abandonado há cerca de 3 anos e havia grande circulação de andarilhos pela região.

“Faz tempo que existe esse prédio aí e estava abandonado, sim, há uns 3 anos. Era uma cracolândia da vida, viviam muitos andarilhos e drogados, a gente ficava até com medo aqui. Agora voltou a obra tem um tempinho esse ano e já está até andando rápido”, disse a trabalhadora que preferiu não se indetificar.

Chico Ferreira/Gazeta Digital

Cerca de 10 reeducandos trabalham na obra do prédio, com a supervisão de dois policiais penais. Conforme um dos servidores, os presos são monitorados com tornozeleira eletrônica e que já estão terminando de cumprir a pena, sendo que muitos só esperam o alvará de soltura.

Servidor confirmou ainda ao Gazeta Digital, que foi in loco, sobre o abandono da obra. Segundo ele, um policial que supervisionava o trabalho morreu na pandemia da covid-19, o que atrasou o projeto por não ter um novo responsável.

“Inclusive estamos tentando fazer o máximo da limpeza do local, para receber a visita da ministra Rosa Weber no dia 24. Foi nos dada essa missão, pois como a obra não vai estar concluída até lá, precisamos tirar, pelo menos, o entulho daqui”, informou. Para preservar o servidor, o Gazeta Digital não vai informar a sua identificação.