Judiciário falha ao punir crimes contra as mulheres, diz Gisela Deputada federal diz que magistrados, muitas vezes, não acompanham o rigor da legislação
A deputada federal interina Gisela Simona (União) avalia que a Justiça brasileira é fraca ao aplicar punições às pessoas que cometem violência contra a mulher. Para ela, as sentenças não acompanham o rigor das leis.
Gisela assumiu o mandato de deputada federal no lugar de Fábio Garcia (União), que foi nomeado secretário da Casa Civil. Com a entrada dela, a bancada de Mato Grosso na Câmara dos Deputados passou a ser 50% feminina.
Em entrevista à Rádio Capital, Gisela defendeu os direitos das mulheres e disse que elas devem ser protegidas por um sistema judiciário eficaz ao aplicar penas contra agressores.
“Muitas vezes, você tem uma legislação correta, mas na hora de fazer o enquadramento da norma, o aplicador dá um passo para trás. Nosso Judiciário não acompanha. Temos situações com provas cabais do crime grave e sentenças muito fracas que não dão condenação à altura”, disse.
A deputada afirma que as autoridades judiciárias não atuam como deveriam sobre a violência contra a mulher. Para ela, aumentar as penas para os agressores seria uma forma de assegurar o rigor das leis.
“São situações de aumento de pena que acredito que precisamos fomentar até com audiência pública, chamando atenção muitas vezes de quem está executando a pena. Nós [do União] temos um projeto [de lei] para aumentar a pena no crime de violência doméstica e familiar”.
“Acredito que precisamos enrijecer a pena e, ao mesmo tempo, cobrar o peso do mandato dessas autoridades judiciárias que não tem cumprido seu papel”, pontuou.
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